Estrelas Sofia Ribeiro marcada para sempre pela violência doméstica
Sofia Ribeiro, de 39 anos de idade, interpreta na novela 'Senhora do Mar', da SIC, a personagem Joana, que foge para os Açores, após ser alvo de insultos e ameaças por parte do marido, Alex, a quem Pedro Hossi dá vida. Na vida real, a atriz também foi vítima de violência doméstica, numa anterior relação, cenário que ainda deixa sequelas, analogia que começa por fazer em relação ao seu papel.
"A Joana mantém uma leveza de caráter, mas tem também o peso inerente. É como se estivesse sempre em contenção e com a carga do drama que viveu, porque não há como apagar. Deixa marcas para a vida toda. Esse trauma fica lá para sempre, marcado, é há momentos-chave que a fazem voltar atrás no tempo", relata à 'TvMais'.
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"A forma como isto me pode ter ajudado passa pela humanização. Acredito que, enquanto atriz, é mais fácil retratarmos uma emoção e uma vivência quando já passámos por ela. Tento, acima de tudo, não misturar as coisas, e acho que tenho conseguido fazê-lo. Até porque, felizmente, apesar das marcas, sinto-me resolvida com as minhas questões, mas passando por algo semelhante é mais fácil perceber o que é que aquela mulher pode estar a sentir", acrescenta Sofia Ribeiro.
"Há pontos que se tocam e que naturalmente fazem recordar alguns momentos pelos quais passámos. Mas é isso, é um momento: lembras, recordas o que aquilo te causou para onde te levou, como é que o geriste e como digeriste. E depois é tentar passar essa memória para a personagem. Isso torna tudo muito mais difícil de resolver quando temos um passado tão doloroso e tão penoso constantemente a bater-nos à porta", releva a estrela da trama.
"Há pontos que se tocam e que naturalmente fazem recordar alguns momentos pelos quais passámos"
Por fim, Sofia Ribeiro explica qual foi a solução para atenuar a dor causada por este histórico marcante: "É preciso ter muita, muita força, bastante resiliência e estar-se bem acompanhado também. Porque muitas das vezes estas pessoas isolam-se. E também são isoladas pelos seus agressores. Então, é muito difícil, em grande parte dos casos, sair destas situações."
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