Martín Anselmi, novo treinador do FC Porto, de 39 anos, já atravessou vários países da América do Sul na sua curta carreira, tendo tido como ponto de partida o Barrio Caballito, em Buenos Aires, onde cresceu. Ao longo de todo este percurso, há um pilar que tem sido fulcral para as suas aventuras: a sua mulher, Bárbara Andreu, com quem tem dois filhos, Lolo e Lucca, e que o acompanhou em todas as etapas da sua caminhada.

Apesar de sempre ter preferido viver longe dos holofotes, poucas vezes tendo surgido ao lado do jovem técnico quando as câmaras estão presentes, Barby, como é carinhosamente tratada, aceitou relatar as origens da sua história de amor com Martín Anselmi para um documentário lançado no final de 2024... e é digna de um romance de Hollywood.

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"Ao Martín, conheci-o em 2013. Estavamos a sair com amigos e amigas e fomos à casa de um dos amigos do Martín e conhecemo-nos aí. De repente, vi um rapaz assim 'tostadito' e pensei: 'Ah, giro'. Perguntei quem era", diz.

"Começámos a falar, um dia fomos tomar qualquer coisa em Palermo, convidou-me a fazer umas compras por lá. Nessa noite tínhamos outra festa, juntámo-nos, fomos sair e nunca mais nos separámos", descreve, com um sorriso indisfarçável, ela que trabalhou mais de uma década num centro de saúde para pessoas com deficiências.

No início de carreira de Martín Anselmi, disponibilizou-se inclusive para o ajudar no seu trabalho, ele que relatou uma história curiosa ao 'Coaches' Voice': "No estádio onde jogávamos, não havia arquibancadas, mas havia uma árvore. Então, ocorreu-me que a minha mulher poderia filmar as partidas de lá. Antes de cada jogo, eu ajudava-a a subir à árvore, com o tripé e a câmara. Lembro-me que, nos primeiros jogos, ela não se sentia à vontade. Chegamos até a discutir em casa, porque às vezes ela perdia algumas jogadas. Essas discussões não duravam quase nada: a minha mulher sempre foi e é fundamental para mim em tudo o que faço."

No final do texto, deixou uma dedicatória à mulher e aos filhos: "Como treinadores, quando perdemos, estamos muito sozinhos, e, nesses momentos, são fundamentais as pessoas que temos ao nosso lado no dia a ida. No meu caso, eles são muito importantes para mim neste caminho. Estejam longe ou perto, fazem-me ser o mesmo de sempre."

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Já no documentário, Bárbara Andreu não poupou nos elogios ao companheiro: "Que faça o que tenha de fazer, eu digo-lhe sempre: oxalá que corra bem, porque ele merece. E porquê? Porque trabalha todo o dia e dá tudo de si."

Bárbara explica ainda ao que se deve a sua perserverança neste suporte inabalável ao companheiro: "A verdade é que estou orgulhosa dele. Nas boas e nas más fases, irei sempre apoiá-lo, como se não caísse nesta coisa tão importante que estamos a viver. Digo-lhe: 'Podes estar tranquilo, que eu estou cá, mostra-te, que eu estou cá.' Irei sempre apoiá-lo até à morte, deixo-o estar e deixo-o ser livre, que o que está a fazer é fantástico."

"É muito trabalho, é ver que ele começou como analista. Temos filhos maravilhosos. Trabalha muito, mas a mim encanta-me ter a possibilidade de criar os meus filhos. Queremos estar com ele", acrescentou, rematando: "Creio que se estamos juntos e estamos positivos, ao Martín as coisas correm-lhe bem, porque está com a sua família. E nós estamos contentes porque estamos com ele."

Os pais de Martín Anselmo confirmam esta importância da companheira para o sucesso do filho. "A Barby é admirável, porque sinceramente não sei se outra mulher o acompanharia a tantos lados com filhos tão pequenos. Viveu em cinco países. (…) Ela acompanha-o a todo o lado. É o grande apoio que ele tem para seguir a sua carreira", disse Mario, pai do treinador argentino.

A mãe, Carina, subscreveu: "A mulher que tem e a família que criou são incríveis. Não era qualquer uma que faria o que fez a minha nora, de o seguir às vezes sem saber onde e com filhos pequenos de meses. Tenho muito orgulho."