Aos 68 anos de idade, Joaquim de Almeida é o ator português de maior projeção internacional. Com uma carreira de sucesso, abdicou de muito para chegar onde está. E a família foi quem mais sofreu. Se, com o filho mais velho, Lourenço, existe uma grande cumplicidade e ele até já segue os seus passos no mundo das artes, com a mais nova, Ana, de 23 anos de idade, a relação é diferente.

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“A Ana nunca acompanhou a vida profissional”, assume em entrevista ao ‘Alta Definição”, justificando em seguida: “Separei-me da mãe quando estava a fazer o ‘24 Horas’ em Los Angeles, ela não se adaptou, vieram para trás, acabámos por nos separar. E a minha filha foi mais difícil, vinha muito a Portugal para estar com ela, passava tempo com ela, mas nunca foi para os filmes e etc, porque estava sempre muito longe.”

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Ao contrário do progenitor, a rapariga ainda não tem bem definido o que quer fazer profissionalmente. “A Ana ainda está naquela idade em que queria desistir da universidade, voltou para a universidade, entretanto queria fazer isto, queria fazer aquilo. Eu aos 16 decidi que queria ser ator e que era isso que queria fazer. Percebo perfeitamente que ela não tenha decidido. Agora parece que sim, voltou para a universidade, está a fazer design, tem muito jeito para aquilo”, prossegue.

Ainda assim, a relação dos dois sempre foi fria, embora agora esteja a “ficar melhor.” “Fazia-me sempre muita confusão que ela desistisse das coisas, portanto, enquanto o Lourenço me vê e tem muita honra em ser filho do Joaquim de Almeida, pela carreira que o pai fez, a carreira do pai para a Ana nunca foi muito importante. Ela se calhar ficou um bocadinho magoada de eu não estar muito com ela, não viu os meus filmes, não se interessou muito”, admite a Daniel Oliveira, ele que se lembra de quando a filha era mais pequena “as pessoas vinham-me pedir uma fotografia, ela pegava na minha mão e dizia ‘este é o meu pai’, acho que tinha a ver com isso.”

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Hoje, com o ator a passar mais tempo em Portugal, a relação tem mudado. “Agora estou cá mais tempo, é a primeira vez que estou mais tempo com a minha filha, vou levá-la a casa, jantamos. Mas foi difícil”, lamenta, esperando que um dia Ana fique “curiosa em ver os filmes do pai”. “Percebo as razões para que ela se tenha desassociado da minha carreira, no fundo só quero é que seja feliz”, remata.