Diogo Carmona, de 27 anos de idade, viu a sua vida mudar para sempre quando, em 2019, foi colhido por um comboio na estação de São João do Estoril e foi obrigado a amputar parte da sua perna. "É um milagre eu estar vivo, acho que posso dizer isso. Foi um acidente muito grave. Sofri muito, chorei muito e duvidei muitas vezes de mim", contara, no 'Manhã CM', da CMTV, em 2022.

O ator, que participou em 'Floribella', acreditou também que nunca poderia voltar a andar de skate, uma das suas atividades prediletas. Hoje, todavia, é um dos elementos portugueses que vai participar nos Jogos Olímpicos de Paris, neste mês, através de uma demonstração na versão adaptada dessa modalidade, tendo sido convidado pela Federação Francesa de Patinagem.

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Apesar da enorme felicidade por esta conquista, revela também um sentimento de solidão nesta batalha. "Tenho orgulho em ir representar o meu país. Mas também há um lado mau nesta questão de ser o único, que é... Sinto-me um bocado sozinho em Portugal, neste desenvolvimento do skate adaptado", afirmou à 'Nova Gente'.

Contudo, os últimos anos foram também marcados pela condenação de cinco crimes de ofensa à integridade física qualificada e um crime de ameaça agravada contra a mãe, Patrícia, tal como um crime de violência doméstica contra a avó materna, cometidos entre 2017 e 2018. Na altura, riu-se ao ouvir o valor da indemnização que teria de pagar (1000 euros à avó e 92 euros à mãe): "Isso é o valor que a SIC me paga em dois dias de trabalho." 

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Diogo Carmona teve de cumprir quatro anos de pena suspensa de prisão, que terminam na próxima segunda-feira, tema que abordou durante a entrevista, nesta sexta-feira, a Manuel Luís Goucha, na TVI: "Acho que cometi erros. (...) Houve muita revolta dentro de mim. (...) A relação teve os seus problemas, mas deveriam ter sido mais privados. É algo de que me arrependo. Tanto eu como a minha família ficámos arrependidos do rumo que seguiu." Prova de que estes litígios estão ultrapassados foi a publicação da mãe do jovem nas redes sociais: "Hoje foi um dia bonito! Uma conversa tão deliciosa com o Manuel Luís Goucha que mais uma vez me encheu de orgulho pelo filho que tenho."

Relativamente ao seu tempo no ecrã, contou, na mesma entrevista, que se sentiu revoltado com a falta de oportunidades durante algum tempo: "Sim, senti. Estou a ser o mais sincero possível. Não entendi e a televisão, a ficção nacional, tanto filmes como televisão e telenovelas, foi algo pelo qual eu lutei muito e que fez parte da minha vida e é algo pelo qual continuo a lutar, mas senti várias barreiras e continuo a sentir barreiras." Neste ano, porém, irá fazer dois filmes.