João Maneira está a trabalhar na novela 'Flor Sem Tempo' da SIC mas o jovem ator vive em sobressalto com a possibilidade de ficar sem trabalho. Por isso, Maneira arranjou um plano alternativo... se a vida de ator se complicar, como já aconteceu no passado e que lhe causou momentos complicados na sua vida pessoal.

Em entrevista à TV Guia, João Maneira conta como lida com essa situação... que pode atingir qualquer ator. 

Já confessou que viveu um momento muito duro quando esteve sem trabalho. Como foram esses tempos?

Todos os atores têm momentos destes, mas se calhar só dois ou três por cento é que falam disso. Isto tem muito a ver com princípios de depressão e ansiedade que a pessoa nunca sabe muito bem de onde é que vêm. Ao fim ao cabo são pequenos momentos negativos que podem levar para outros caminhos. Graças a Deus soube minimamente de onde é que vinha a minha ansiedade.

Pode explicar?

Sou uma pessoa ansiosa, aliás ainda sofro de ansiedade, mas é uma coisa que com a idade vamos conseguindo controlar se soubermos de onde é que vêm estes estímulos.

E de onde é eles vinham?

Da falta de trabalho. Não sabia se ia trabalhar novamente e tinha aqui uma coisa dentro de mim que não sei... já estava a ‘panicar’ a pensar que poderia ter dito ou feito alguma coisa, que tinham deixado de gostar de mim e que me estavam a rejeitar. A partir daí esse pensamento começou a crescer e eu a acredita nele. Mas também me acontece quando estou a trabalhar. Sinto que preciso de mais tempo para me sentir tranquilo no set, de ter trabalho suplementar para estar confiante. 

E como resolveu isso?

Muitas vezes achamos que o nosso problema é único no mundo e que ninguém vai compreender, e na verdade quem está à nossa volta vai compreender o que nós estamos a passar. O que percebi é que falar é muito importante, porque há pessoas que realmente gostam de ajudar e que querem ajudar. E percebi que se não estou a trabalhar não preciso de entrar em pânico.

Como deu a volta à situação, no ano em que se viu sem trabalho na representação?

Queria trabalhar, mas nunca tinha feito nada a não ser isto. Precisava de um plano B.

Refere-se a quê?

Criei uma empresa de TVDE. Comprei um carro e vou pô-lo na Uber O objetivo é comprar mais. Já fiz mais ou menos umas estimativas de quanto é que vou receber de lucro mensal, e se bater tudo certo vou conseguir investir noutro carro e ainda tirar algum dinheiro. Estou a investir neste negócio com a minha mãe, porque isto nasceu também para ela ter uma segurança. O objetivo é chegar a seis ou sete carros.

E está a correr bem?

Por enquanto está a correr tudo bem. Ainda não está oficialmente na plataforma, temos de tratar agora da licença do operador. Além disso também tirei o curso de motorista, por uma questão de curiosidade. Se eu quiser um dia também posso conduzir.

Leia a entrevista na íntegra, na versão em papel, já nas bancas ou através da edição digital