Iolanda, de 29 anos de idade, representa Portugal com a música 'Grito', na final do Festival da Eurovisão, este sábado, dia 11, em Malmoë, na Suécia, e está em 23.º lugar no ranking das apostas, liderado pela Croácia, Suíça e Israel. A nossa cantora vive hoje dias felizes, mas nem sempre foi assim. Natural de São Pedro de Cova Gala, na Figueira da Foz,  artista atravessou um caminho árduo até alcançar a popularidade dos últimos tempos. Mudou-se ainda em criança para Pombal e, aos 17 anos, para Lisboa, para investir também no seu percurso académico, frequentando a licenciatura de Ciências de Comunicação.

Iolanda começou a escrever música na juventude e tentou a sua sorte por vários meios: cantou em bares e passou por diversos programas de talentos na televisão. O primeiro foi o 'Uma Canção Para Ti', da TVI, quando tinha 14 anos, tendo sido eliminada na segunda gala.  Aos 17, participou na quinta edição do 'Ídolos', da SIC, e até recebeu rasgados elogios ao seu timbre por Tony Carreira nos 'castings', onde se qualificou, caindo, contudo, ainda antes das galas em direto. 

Por fim, já em 2014, concorreu na segunda temporada do 'The Voice Portugal', da RTP1, mas não convenceu qualquer mentor. Foi aí que começaram a surgir mais pontos de interrogação na agora vencedora do Festival da Canção. "Lembro-me de pensar em desistir e de achar que não valia a pena e aqueles clichés todos negativos que depois não aconteceram porque tenho uma família que me apoia muito", confessou ao 'Ritmos e Batidas'.

Posteriormente, Iolanda mudou-se para Londres, onde frequentou o BIMM Music Institute: "Já queria há muito tempo sair daqui e não sentia que estava a retirar tudo o que queria naquele momento da minha vida. Tinha 24 anos e, olha, decidi", explicou, numa outra entrevista ao 'Novo'.

Em 2020, durante a pandemia de Covid-19, tempo em que regressou a Portugal, começou a escrever o EP 'Cura', que acabaria por lançar em 2023 e a estabeleceu como um dos talentos emergentes da música portuguesa. Pelo meio, teve a sua primeira experiência no Festival da Canção, enquanto co-autora de 'Mar Sem Fim', de Blacci. É uma das autoras de um dos maiores êxitos atuais na música nacional, o tema 'Carro', de Bárbara Bandeira e Dillaz.

Iolanda, que tem agendado para o final de maio, já depois da Eurovisão, um espetáculo no Capitólio, em Lisboa, não esconde qual a sua maior influência em termos de estilo musical: "Bebi muito da Rosalía..."