Ângelo Rodrigues, de 37 anos de idade, está de volta ao trabalho depois de ter passado por um período em coma na sequência de um incidente num hotel. Para promover a nova peça de teatro em que está envolvido, ‘Jantar de Idiotas’, o ator tem dado algumas entrevistas e esteve este sábado no programa ‘Estamos em Casa’, da SIC.

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No entanto, no início da conversa com Andreia Rodrigues, o ator deixou à vista algum desconforto por estar a abordar um tema sensível. “Não queria estar a focar nesta parte deste incidente que aconteceu, preferia dar valor a outras coisas, mas eu entendo que pode funcionar como fechar um ciclo para começar outro”, começou por atirar. Visivelmente afetado, continuou: “Não sei o que é que esperas que eu diga, mas eu prefiro ir jantar contigo um dia, tomar um lanche contigo, ou vamos fazer um brunch em algum lado e não tornar coisas que são íntimas, públicas”, descreveu. Para se justificar, o artista disse que “neste momento é só voyerismo puro.” “É só estar a pôr mais achas para a fogueira”, atirou.

A anfitriã garantiu que respeitava as palavras do convidado, no entanto, este baixou um pouco a guarda e garantiu que este episódio o fez repensar a sua vida. “Mais uma vez, a vida pôs-me à prova e eu tive que fazer um exame de consciência em reclusão. Olhei para dentro e encontrei, mais uma vez, o que foi necessário, um guerreiro que teve que tomar decisões em relação à sua vida, pôr de fora o que não interessava, como algum feedback negativo que tive depois do incidente. Mas sigo super sólido naquilo em que acredito”, frisou.

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Andreia Rodrigues recordou que se conhecem há muitos anos e agradeceu aquelas palavras: “Não posso deixar de te agradecer a gentiliza de estares a responder a estas perguntas. Tenho a certeza de que não é fácil, mas gostava que as pessoas te pudessem ouvir para além do julgamento dos outros”, comentou.

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Em jeito de agradecimento pela simpatia da anfitriã, o ator ainda garantiu: “Estou a levar o processo de forma muito serena e tranquila, depois de toda a convulsão que foi criada à volta, percebi que cada pessoa tem o seu tempo de resposta. O meu silêncio não foi um silêncio de submissão, foi um silêncio estratégico também. Qualquer coisa que dissesse seria empolada. Não queria expor a minha intimidade, pôr-me num papel de vítima, olhem o que aconteceu comigo. Estou numa outra fase da minha vida em que prefiro guardar esses aspetos da minha vida íntima para proteção. Já aprendi com erros no passado”, rematou.