Ernesto, o mais velho dos dois irmãos de Marco Paulo – o outro é Alfredo – assumiu, por fim, a indignação com a revelação de que a família ficou totalmente excluída do testamento do cantor, tendo sido preterida pelo compadre, António Coelho, pelo afilhado, Marco António, e pelo bombeiro Eduardo Ferreira.

"A minha primeira reação foi: ‘Já? Ainda agora ele morreu… Estão a falar a sério? Não acredito. Se assim é, foi um ingrato, esteve muito mal. A família toda esteve com ele até ao último minuto de vida dele, só não fez por ele o que não pôde. Nunca esperei. Nunca ninguém da família lhe fez mal ou o tratou mal, antes pelo contrário’", lamentou, à revista 'Nova Gente'.

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Perplexo, até pensou tratar-se de um erro: "Ainda voltei a perguntar ao meu filho: 'Não deixou mesmo nada para a família? Nem uma cadeira? Nem temos direito às memórias de família, dos meus pais e até dos meus avós, fotos de parede dos meus pais, objetos de família sem qualquer valor monetário, inclusive a pedra mármore da campa da minha mãe que estava no cemitério e que está lá na quinta?'"

Ademais, não escondeu ter ficado extremamente desiludido com a decisão do irmão: "Que mal lhe fizemos nós para ele ter essa atitude? O que é que a família toda lhe fez? Somos todos maus? Bom, a verdade é que ele nunca ajduou ninguém da família em rigorosamente nada, e nós também nunca lhe pedimos nada. Mas demos-lhe muito."

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"Mas eu questiono: para que quer o Toni, o Marquinho e esse bombeiro as fotos que estão lá na quinta e  esse bombeiro as fotos que estão lá na quinta e que são da nossa família? Para meterem no lixo?", rematou.

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