Joaquim de Almeida, de 67 anos de idade, está sob fogo pelas suas declarações sobre Roman Polanski, realizador do filme 'O Hotel Palace', recém-estreado nas salas e do qual o ator faz parte do elenco. O consagrado cineasta confessou, em 1978, ter tido relações sexuais com uma rapariga de 13 anos, estando há várias décadas impedido de entrar nos Estados Unidos. 

"Quem sou eu para julgar? A mim o que me interessa, neste caso, é o artista, a arte. E sinto o mesmo por parte de todas as pessoas que trabalham com ele. Há o maior respeito. E, ainda por cima, ele foi desculpado pela senhora que o acusou. O que sinto é que houve muito aproveitamento", referiu o 'Quim de Hollywood', numa entrevista à revista 'Domingo', do 'Correio da Manhã'. No plano profissional, não faltaram elogios para o vencedor do Óscar em 2003 pelo filme 'O Pianista': "É um homem que, apesar da idade, está cheio de energia – mais do que eu! – que sabe trabalhar os atores e tem um domínio da cena extraordinário."

À mesma publicação, o intérprete aproveitou para defender Nuno Lopes, que foi recentemente acusado pela guionista A.M. Lukas de violação: "Claramente a senhora quer dinheiro. A queixa foi apresentada três dias antes do prazo de prescrição."

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No programa 'Noite das Estrelas', da CMTV, Daniel Nascimento deixou duras críticas a Joaquim de Almeida: "Chocou-me porque ele disse mais do que o Nuno Lopes, ele não falou só do Nuno Lopes. Ele falou também do Roman Polanski, um realizador que está condenado desde 1978, nos EUA, por abuso sexual a uma criança de 13 anos, porque 13 anos é uma criança. Ele normaliza naquela entrevista esta postura porque diz que 'Quem sou eu para julgar?'"

“O que me chocou foi ‘Quem sou eu para julgar?’ e ‘A senhora depois veio dizer que perdoava’. Tu podes perdoar, mas não quer dizer que, do outro lado, tenhamos de ter uma postura de passar um sabão por cima do que aconteceu", concluiu.