José de Abreu, de 71 anos de idade, passou pelo momento mais difícil da sua vida em 1991 com a morte do filho. Rodrigo tinha apenas 21 anos quando caiu de uma janela. Esse dia ficará para sempre marcado na sua vida.

"A dor não passa, mas o tempo vai diluindo. Vou sempre carregar um sentimento de culpa e pensar se isto teria acontecido se eu estivesse em casa, mas ele estava sozinho com a empregada. Ao início, pensei que fosse suicídio, mas a polícia tirou logo essa hipótese. Um suicida atira-se da janela e o meu filho caiu e foi batendo na parede durante a queda", relembra, com mágoan em entrevista à 'TV Guia'.

Vinte e seis anos depois da tragédia, José de Abreu tenta encarar esta perda como uma lição. "Tudo o que aconteceu faz um certo sentido. Eu tinha que passar por esta dor. Acredito na reencarnação e, de certa forma, acredito que o meu filho tenha tido a sua fase."

Mas não foi só na vida adulta que José de Abreu passou por momentos que não esquece. Ficou órfão de pai ainda em criança e, mais tarde, integrou-se num Seminário, onde passou algum tempo. Até hoje, o ator não esquece o episódio em que foi sexualmente abusado por um padre.

"Tinha apenas 12 anos e estávamos a ver um filme. Durante a história, quando o menino do filme estava a falar com Jesus Cristo, sinto uma mão no meu pénis. Era o padre, que me começou a masturbar. Eu queria desaparecer, mas não podia contar isso a ninguém. Como é que ia confessar uma coisa dessas? Passei 20 anos a odiar a igreja!", remata.

Leia toda a entrevista na edição desta semana da 'TV Guia', já nas bancas.