Júlio Isidro, que hoje celebra 80 anos de idade, é um dos nomes mais emblemáticos não só da televisão portuguesa como da RTP, canal com o qual contribuiu durante aproximadamente seis décadas, e considera que a estação pública deveria tomar uma decisão que, no seu entender, seria financeiramente vantajosa.

O apresentador crê que a administração do canal deveria travar a importação de formatos internacionais e dá como exemplo o 'The Voice', substituindo programas como aquele conduzido por Catarina Furtado por material de origem nacional, que pudesse depois ser alvo de cobiça além-fronteiras.

"Penso que falando da televisão o que gostaria mais é que o produto nacional bruto fosse utilizado. É um exemplo que não é nenhuma crítica em especial: grandes cantores de todas as nacionalidades começaram as suas carreiras... a Brenda Lee ganhou um concurso de talentos tinha 10 anos ao participar num programa de rádio", afirmou, num episódio do podcast 'Em Grande Reforma', conduzido por Inês Lopes Gonçalves, com quem colaborou no 'Traz prá Frente', da RTP Memória.

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"Não precisávamos de um programa chamado 'The Voice', bastava um programa chamado 'A Voz'. Mais cadeira a rodar, menos cadeira a rodar, programas de talentos sempre houve e concursos de conhecimentos dos mais variados", justificou o veterano comunicador.

"Não é nenhuma crítica àquilo que é importado, mas numa altura em que vivemos num tempo em que quanto menos importarmos menos dinheirinho sai daqui e seria bom era exportarmos os nossos talentos, e acontece com novelas, seria bem melhor usar-se o material nacional. Não é uma crítica, é uma ideia: a globalização tem aspetos positivos e também alguns aspetos negativos", rematou.

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