Lena d'Água, de 68 anos de idade, considera que a procura de talentos na indústria da música se foca em aspetos estéticos, mais do que acerca dos dotes dos artistas. No podcast 'Posto Emissor', da Blitz, a cantora mostra-se desiludida com o panorama atual e elabora o que a melindra.

"Tudo isso me assusta bastante, vá que a minha filha não teve ideias de ir para esta área (...), porque é muito ingrato, e não é só a rapidez e tudo transformado a fingir que está tudo transformado e é tudo uma grande mentira", assinala a voz de 'Sempre que o Amor me Quiser', deixando, contudo, uma homenagem a uma colega de profissão: "Com raras exceções, que as pessoas que se mostram tal e qual o que são, e aqui um louvor especial à nossa Sónia Tavares, que pode estar toda borrada, despenteada e remelosa, que não faz mal e é mesmo assim, e é assim que deve ser, adoro-a."

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De seguida, a artista referencia os critérios de exclusão que considera existirem nesta busca pelas próximas estrelas musicais: "É tudo uma grande ilusão. E as gordinhas? E as feiotas? (...) Muito poucas vezes vou espreitar os concursos de talentos porque tudo aquilo me deixa super deprimida, se ique é tudo uma ilusão gigante. Os miúdos vão para ali a sonhar com um mundo maravilhoso e é uma grande ilusão. Nem 1% dos miúdos que aparecem [vingam], e já estou a dizer a mais..."

A ex-concorrente do 'Big Brother Famosos 2', da TVI, concretiza ainda, dizendo: "Tudo isso é triste para mim. Tenho saudades do tempo em que não havia esta ditadura do perfeitinho e tudo manipuladinho."