Ruben Amorim é um dos nomes citados numa investigação da BBC sobre insultos dirigidos a profissionais das primeiras ligas masculina e feminina de futebol em Inglaterra. O canal britânico encontrou mais de duas mil mensagens com ofensas graves, que incluíram ameaças de morte e violação, num único fim de semana.

Entre os treinadores das equipas masculinas, o treinador do Manchester United foi um dos principais visados, ao lado de Arne Slot e Eddie Howe, técnicos de Liverpool e Newcastle, respetivamente.

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Contactado pela estação pública britânica, Amorim, que não tem um perfil nas redes sociais, relatou a sua relação com estas plataformas. "São coisas normais em qualquer profissão na qual estamos expostos", começou por dizer, prosseguindo: "Eu não leio nada. Protejo-me disso. Não vejo televisão quando falam do Manchester United, não por não concordar – muitas vezes, concordo – mas é uma forma de me manter saudável."

"Os meus sentimentos enquanto treinador são suficientes. Não preciso de outros. A única forma de lidar com isso é proteger-me", elaborou Ruben Amorim. De seguida, reconheceu que perde receitas por não estar presente neste universo: "Eu perco dinheiro de patrocinadores. Podia ganhar muito dinheiro no Instagram, mas esses dólares ou libras não são suficientes para pôr em causa a proteção da minha família e viver uma vida normal."

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"Ninguém é mais duro que eu quando perdemos e não jogamos bem. Hoje em dia, é muito normal haver esse tipo de insultos, portanto esta é a única forma de sobreviver neste mundo", concretizou o técnico de 40 anos.