O fadista Nuno da Câmara Pereira, de 71 anos, que foi apanhado pela revista 'TV Guia' com um filho assumido em segredo fora do seu casamento da 49 anos com Luísa de Sousa Coutinho, mãe dos seus três primeiros filhos, reage agora na sua página de Facebook às notícias sobre a existência do bebé Vasco António, com particular violência verbal.

"A vida, para nós todos, indiferenciadamente, tem de ser um 'Big Brother'?", questiona o pai de Madalena, Carlota, Nuno Maria e Vasco António, confessando, sobre este último, se foi, ou não, desejado: "Alguma vez deneguei ou pensei em não querer, ou desejar?", avança o fadista.

Numa prosa longa, e não em verso, como costuma ser ser apanágio, Câmara Pereira disserta de rajada, incomodado com as notícias vindas a público de que registou oficialmente na Conservatória do Registo Civil de Almada um filho que teve com Ana Sofia Santos Fonseca, então com 33 anos, a 22 de novembro de 2021. "Alguma vez sou obrigado a participar meus desígnios ou atitudes?; Alguma vez sou obrigado a expor-me ao julgamento público sob meus atos privados debaixo de minha própria e absoluta consciência?; 'Assumir', dizem estes pacóvios e ranhosos jornalistas que repassam, moem e distorcem ao seu livre arbítrio toda e qualquer notícia?", elenca, enraivecido.

"A OPINIÃO PÚBLICA QUE SE REMETA AO SILÊNCIO. ASSUMIR?"

O artista que canta um tema dedicado aos pais, em que diz: "Esses seus cabelos brancos, bonitos/Esse olhar cansado, profundo/Dizendo-me coisas num grito/E ensinando-me tanto do mundo", no tema 'Meu Querido, meu Velho, meu Amigo', deixa ainda perguntas pertinentes, neste desfolhar internético de angústias: "Acaso tenho de participar à opinião pública meus atos?; Assumir? Assumir o quê? Alguem tem de assumir o que desejou?"

Visivelmente incomodado por Portugal inteiro saber que foi pai fora do casamento e tem uma segunda família, o fadista dispara irritado: "Por acaso sou obrigado a expor e utilizar o meu traseiro ou seja lá o que for para dar nas vistas, vender imagem ou papel? A opinião pública que se remeta ao seu silêncio, ao seu recato, que ninguém está a pedir-lhes apoio ou crítica!... Quem puder que me atire a primeira pedra!!!."

Seguindo a linha do tema culpa e castigo, Nuno da Câmara Pereira começa, na sua escrita online a falar dos mesmos males a que Luís Vaz de Camões já se referia n'Os Lusíadas, embora com maior erudição. "A inveja, o desfruto, a crítica fugaz, o nojo de distorcer a verdade, tomou conta e vem contaminando a felicidade e a alegria das pessoas. Alegria e vida são e sempre serão o cerne da felicidade. Meu exemplo maior é o futuro que me aguarda. E se a natureza me proporcionou pôr à minha disposição o bem maior que é a vida e a vitalidade, só tenho de agradecer e ser reconhecido por Deus. Bem haja, Pai Nosso que estás no Céu!!!!". Amém.