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O antigo campeão português de ténis foi, de facto, um dos maiores apoios durante o período mais dramático da carreira da natural da cidade de Constanta. Halep esteve, durante dois anos, afastada dos courts devido a ter sido suspensa por doping, quando testou positivo para roxadustat, uma substância proibida. Quando a decisão inicial de uma suspensão de quatro anos foi conhecida, em 2018, Halep defendeu-se, dizendo estar inocente.

A meio do período de suspensão, Halep refletiu, em declarações à Eurosport: "Todos os dias têm sido muito dolorosos, porque sei que não fiz nada de errado e sei que estou limpa. Foi um choque quando recebi a carta que dizia que o exame à urina estava positivo – o único que estava positivo – com uma quantidade extremamente baixa de uma substância banida. Sempre fui contra o doping e me expressei sobre isso, portanto nem me passaria pela cabeça fazer algo como isto."

A realidade é que o calvário de Halep terminou neste mês de março. O tribunal arbitral do desporto determinou que a ingestão da substância não foi intencional e a suspensão foi reduzida para nove meses, que já haviam sido cumpridos. Assim, a romena regressou à competição imediatamente, no Miami Open, tendo sido convidada com um 'wildcard'. Com pouco tempo para preparar uma equipa técnica, viajou somente com o preparador físico e com João Monteiro, não esquecendo o precioso auxílio que lhe prestou nos seus tempos mais dramáticos.

A passagem pela competição foi curta – foi eliminada na primeira ronda pela espanhola Paula Badosa – mas Halep já pode respirar de alívio. Um regresso que não aconteceu sem tensão, depois de ter sido visada pela colega de profissão Caroline Wozniacki, que se mostrou contra o seu ingresso no torneio. "Se alguém testou positivo para doping, não deveria ser premiada com um 'wildcard' depois", clamou a polaca, recebendo como resposta: "Porque é que ela disse isso? Não fiz nada de mal. Não fiz batota. Não me dopei."