Os últimos meses não têm sido fáceis para Bruno Nogueira. Depois de em setembro ter enfrentado a morte do sogro, Eduardo Batarde e, dois meses depois, ter sido confrontado com a perda do pai; o humorista temeu agora pela vida do melhor amigo, Nuno Markl, que sofreu um AVC na quinta-feira, dia 20.

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O ator confessa que foi um dia duro e em que ficou sem chão. "Ligam-me a dizer que o Nuno teve um AVC e logo a seguir tive que ir fazer um espetáculo de empresa. Mas foi logo a seguir, tipo 1 hora, e foi o pior espetáculo da minha carreira", confessa no seu podcast 'Isso Não se Diz'.

Bruno Nogueira revela que o seu estado de apatia era tal que nem se lembra bem do espetáculo. "Até queria pedir desculpa à empresa onde fui. Depois fiz um segundo espetáculo de empresa, quando já sabia que ele estava bem, aliviado e, portanto, melhor. Mas não estava capaz sequer de... não sei explicar. Não estava presente. Ou seja, estava lá, fiz o texto, fiz aquilo a que me comprometi mas não estava lá. Tenho dificuldade em dizer-vos sobre o que é que falei e quando isso acontece, quando nos compromete o dia desta maneira, todos os assuntos ficam um bocadinho a navegar à vista, não é?"

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Apesar de garantir que sempre foi muito atento aos seus limites e ao que o corpo lhe diz, o humorista revela que está cada vez mais focado em não ir além do que considera ser razoável nas suas capacidades. "Estou numa fase em que acordo, vou cumprir objetivos e quando sinto que estou a começar a queimar um fusível, deixo... De manhã trabalho sempre, almoço e volto a trabalhar. Mal eu sinto que a meio de uma frase a minha cabeça está a dizer 'ui já estás em esforço', deixo logo. Sempre dei bastante atenção a quando estava no limite do cansaço e agora estou completamente focado em ouvir e dar atenção a esses alarmes. Mas não arrisco 2cms, não estou disposto a isso."

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E foi por isso que, no dia a seguinte a Markl ter sofrido este susto de saúde, Bruno Nogueira decidiu: "No dia a seguir àquilo do Markl e de ter feito aquele espetáculo disse: 'malta, amanhã não trabalhamos porque acho que não vou estar capaz de fazer nada'. Isso para mim é um avanço."