É o salvador dos serões de domingo da SIC, mas não é isso que o faz ser menos ou mais empenhado. Apesar de ser a “galinha de ovos de ouro” da estação de Paço de Arcos e líder incontestável de audiências no seu horário, Ricardo Araújo Pereira, de 50 anos de idade, não sente o peso da responsabilidade sempre que entra em estúdio para mais um ‘Isto é Gozar com Quem Trabalha’.

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“Não sinto nenhuma, vim para isto precisamente para não ter responsabilidade, e essa é a parte boa . Sinto que, quanto mais irresponsáveis formos, melhor corre”, começa por dizer o humorista, justificando: “Se eu for para lá tenso, a pensar ‘ai, meu Deus, que isto tem de correr bem’, se calhar é nesse momento que começa a correr mal.”

Ricardo Araújo Pereira considera-se tímido e confessa que, apesar da popularidade que conquistou em Portugal, não nasceu para estar nas luzes da ribalta. “Não nasci para o palco, a minha profissão é estar sentado, em casa, atrás do computador a escrever. Apresentar coisas é um acidente, que eu faço com gosto. Não sou um ‘performer’, já o João Baião é.”

Apesar de ser recatado, o humorista garante que está sempre disponível para os admiradores que o abordam para um autógrafo, um abraço ou uma fotografia. “É perfeitamente confortável. As pessoas abordam-me para me dizer coisas, não são invasivas. Por norma, são sempre coisas agradáveis. Faz parte”, acrescenta, simpático.

O pior mesmo é a ausência das duas filhas, Maria Rita e Maria Inês, a estudarem no estrangeiro. E este é um dos momentos mais difíceis do ano para Ricardo Araújo Pereira, agora que foram gozadas as férias de verão no nosso país. O regresso às aulas é sinónimo de vê-las partirem para países diferentes, uma vez que ambas estão a formar-se na Europa. “Não me façam falar nisso, que estamos precisamente na altura em que elas vão embora”, termina, com o coração apertado.

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