Bárbara Norton de Matos, de 45 anos de idade, tem estado afastada da representação desde 2021, quando terminaram as gravações de 'Amor Amor', da SIC, ainda que a novela foi transmitida. Desde então e fruto da escassez de oportunidades, a lisboeta enveredou por um percurso profissional distinto, dedicando-se às redes sociais e a ser empresária no ramo da águas de colónia e óleos hidratantes corporais.

Hoje em dia, Bárbara afirma já nem se ver como atriz, como conta no podcast 'N'A Caravana', de Rita Ferro Alvim: "Sou uma mulher como todas as outras que simplesmente tinha uma profissão diferente. (…) É verdade que um ator é sempre um ator, mas neste momento vou ser muito sincera, tinha de ser um papel com o qual me identificasse muito, gostava de ter um desafio como vilã."

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Depois, explica o que a conduziu a essa conclusão: "Percebi quando deixaram de falar comigo, quando deixou de haver contacto. Pensei, olha, se calhar chegou a minha vez. Vou ter de pensar noutras coisas, o que vale é que já tinha pensado num plano B, só que nunca tinha pensado que se iria transformar num plano A. Na altura, não estava nada à espera da volta gigante que a minha vida deu."

Ademais, reconhece que as suas relações pessoais dentro do meio estavam limitadas, revelando quem é o seu único grande amigo na área: "Eu estava muito fechada, não tinha muitos amigos no meio. Só tenho um grande amigo de casa e que eu adoro, e que eu falei, que é o Rui Unas, é uma pessoa de quem eu gosto muito, desabafei várias vezes com ele, acompanhou este meu processo e deu-me imensa força. Falei com amigos, sim, eles diziam-me que também tinham medo, porque não conheciam outra Bárbara. Não percebiam, ficavam revoltados a perguntar porque é que não me chamavam. Eu dizia que não queria entrar nessa vibração, mas na que eu era capaz de fazer outra coisa. Comecei sozinha, tive de desligar-me um bocado e aprender, recomeçar a minha vida aos 42."

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Por fim, sublinhou: "Tive de aceitar que não vou ser chamada. Não criar expectativa nenhuma, não estar à espera, porque é um sufoco estar sempre à espera de uma mensagem ou de um telefonema e acaba-se por não fazer metade das coisas. Por isso é que digo que era atriz, porque já não tenho expetativas em relação a ser atriz, e zero tristeza. (...) Tenho um percurso de que, se nunca mais fizer um papel na vida, eu sinto-me de coração cheio. Fiz papéis maravilhosos, deram-me oportunidades espetaculares, o papel que fiz na ‘Nazaré’ foi incrível. Depois, também as pessoas esquecem-se muito rápido, do mau e do bom."