O cantor Toy, de 60 anos, está à beira de um ataque de nervos e quase a explodir, enterrado em papelada que o Governo terá "inventado" para chatear os artistas.

Em desabafo à 'TV Guia', o artista de Setúbal revela a gigantesca teia em que está enrolado. "Neste momento, tenho uma enorme dor de cabeça, e que tem que ver com os procedimentos em relação às câmaras municipais de fazer os contratos por causa da burocracia. É horrível", lamenta.

Visivelmente revoltado, Toy denuncia como o Estado está, em 2023, a entalar os artistas com tanta papelada repetida: "Piorou, e muito! Inclusive para formalizar os contratos e emitir faturas, tens previamente de pagar cento e tal euros a uma plataforma de anuidade e pagar os selos para poder enviar uma fatura por essa plataforma. Estas leis são ridículas e abusivas e estragam o trabalho de criativos, como eu, que, em vez de estarem a fazer canções, estão no escritório, a preencher anexos atrás de anexos num computador".

Queres papelada? 'Chama o António!'

O autor do sucesso musical 'Chama o António!' e também protagonista de 'Taskmaster', na RTP1, lamenta de ter de fazer tudo, repetindo todos os passos, concerto a concerto. E no caso dele são, por agora, 82. "Tenho de mostrar, um a um, a declaração de não dívida às Finanças, mais registo criminal, preencher os anexos A, B, C, D, E, F e por aí a fora. Agora, imaginem, com 82 concertos agendados no verão, quantas vezes tenho de repetir tudo e sem me enganar. Não é aceitável, quando se quer simplificar e clarificar as coisas, aumentar a burocracia. Piorou desde o ano passado!", remata.

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