Dez dias depois de ter descido a Avenida da Liberdade, pela marcha do Bairro Alto, ao lado de Sónia Brazão em 2023, Luís Aleluia tirava a sua própria vida de forma inesperada e chocante. 

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E este ano a Marcha do Bairro Alto quer homenagear o ator de uma forma muito especial. A organização da marcha que, em 2023 ficou em segundo lugar na classificação, atrás da vizinha Bica, decidiu que este ano não vai ter padrinho a descer a Avenida, como nos explica Vítor Silva de 66 anos, responsável pela marcha e presidente da coletividade. “Achámos que era uma forma de homenagear um amigo”, começa por dizer à TV Guia.

“Optámos desta forma por não ter padrinho”, revela. “De qualquer maneira, e apesar do que as pessoas pensam, os padrinhos não são figuras obrigatórias. Há muita coisa obrigatória nos regulamentos, mas não a presença deles. Além disso achámos que era também uma espécie de provocação”, continua Vítor, que tinha “o maior carinho” pelo eterno Tonecas. “O Luís apoiou-nos durante muito tempo. Era uma pessoa do bairro, figura local que se perdeu nesta tragédia”, continua. “Nunca o esquecemos, como já provámos quando fomos à Casa do Artista, mas achámos que esta era a maneira certa de que as pessoas se lembrassem dele”, refere o responsável que acredita que mesmo assim a marcha do Bairro Alto “vai ganhar ” o desfile, o que nunca aconteceu desde 1932.

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