Daniela Melchior, de 27 anos de idade, é, hoje em dia, uma das exportações artísticas de maior sucesso de Portugal para as grandes produções internacionais. A atriz tem feito parte de projetos de grande dimensão nos Estados Unidos, como ‘Esquadrão Suicida’, 'Velocidade Furiosa X' ou, mais recentemente, ‘Road House’, da Prime Video, tendo trabalhado ao lado de atores como Margot Robbie, Vin Diesel ou Jake Gyllenhaal.

A estrela de Hollywood esteve na 'Grande Entrevista', da RTP3, de Vítor Gonçalves, e respondeu à curiosidade de Vítor Gonçalves acerca das diferenças entre as produções que fez no nosso país e as que fez lá fora: “Em Portugal, temos boas condições, mas muito menos. Quando dei o pulo de passar de produções em Portugal para produções nos Estados Unidos, comecei a aperceber-me de condições que nem fazia ideia que podiam existir ou que nós podíamos pedir. Foi: ‘Uau, há a oportunidade de pensar em coisas que em Portugal nem nos ocorre’."

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Desafiada a explicar o maior destes contrastes, Daniela Melchior revelou: “Por não haver recursos, acho que o mais óbvio e básico, e que ao mesmo tempo é difícil garantir isso em Portugal, é todos os atores poderem ter um sítio de descanso e concentração que não seja uma sala em comum em que estejam todos os atores a conviver… Se quisermos, podemos conviver, mas se, por algum motivo, quisermos o nosso espaço, lá fora é um dado adquirido."

No que toca à remuneração que aufere com os projetos da Sétima Arte norte-americana, a almadense confirmou que existe uma discrepância consideráverel: “Tenho a certeza. Depende do projeto, não é por ser internacional que, de repente, é muito diferente. Porque continuam a existir os filmes ‘indie’ lá fora, com orçamentos mais pequenos. [Nas grandes produções] é uma grande diferença. Não falando em valores: o meu último filme foi o ‘Road House’, ou seja, como atriz estou sem trabalhar há dois anos e estou confortável há dois anos."

“Em termos de ser atriz, é muito mais reconfortante não existir o desespero de ter de arranjar um trabalho porque sim. Posso gostar muito de ser atriz, mas também gosto muito de ser a Daniela, de me descobrir, de estar mais tempo com a minha família, de descobrir outras paixões que não a representação. É um alívio que não tem preço", concluiu.