Começou esta quarta-feira, dia 2, o julgamento de Carloto Cotta, que está a ser acusado por uma mulher de violação e sequestro. O ator já está no Tribunal de Sintra e em causa estão nove crimes: um de importunação sexual, um de coação sexual, um de violação, um de sequestro na forma agravada, dois crimes de ameaça agravada, um de coação agravada, um de ofensa à integridade física simples e um de injúria.

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Carloto Cotta chegou ao tribunal visivelmente abatido e impedido de falar pelo seu advogado, Rui Patrício. Aliás, foi o próprio quem acabou por prestar declarações à imprensa, confiante inocência do artista. "Não têm nenhum fundamento, nenhum, que fique claro. Não tem nenhuma prova, mas o tribunal é soberano faremos o nosso trabalho lá dentro e não aqui fora. Mas para nós as coisas são muito claras, não têm nenhum fundamento e o processo, aliás, tem uma acusação que para nós é incompreensivel", diz, sobre o processo. 

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O advogado reforça: "A defesa não tem que apresentar nenhuma prova, quem tem que a apresentar é a acusação e tem que mostrar que nos processo existem meios de prova que sustentem esta acusação e não existe nenhum. Na nossa perspectiva, a acusação é totalmente carente e ausente de fundamento." 

Questionado sobre mais pormenores do processo, Rui Patrício esclarece: "Não vou fazer o julgamento aqui fora, não o poderia fazer, não só por respeito ao tribunal mas também, como sabe, este julgamento, em termos legais, é à porta fechada." 

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O advogado de defesa vai ainda mais longe e garante que, caso não acreditasse no seu cliente, jamais o defenderia. "Tenho uma convição fortíssima que este processo não tem fundamento. Devo aliás dizer que se não fosse essa a minha convicção, eu não tinha aceite defender o Carloto. Aceito defender o Carloto com toda a convicção e não porque é o meu trabalho. Quero que isso fique muito claro." 

Ao lado de Carloto Cotta, Rui Patrício fez ainda um apelo: "Gostava de apelar às pessoas para não se precipitarem, para não fazerem julgamentos precipitados, para não cancelarem, para não destruirem a vida das pessoas só porque há uma denuncia. Ponham-se no lugar do Carloto. Imaginem que a denuncia é sobre vocês, que me queixo sobre algum dos senhores. E então? Isso é motivo para destruir a vida de uma pessoa como tem acontecido no último ano e meio? Gostava que pensassem nisso."