Nem agora que se casou com Brígida (Sofia Sá da Bandeira), Vicente (Ricardo Pereira) consegue avançar com todos os esquemas que planeou. Pelo contrário, Pilar (Mariana Monteiro) tem feito marcação serrada e o vilão vai atingir o seu limite. Por isso, acaba por dar com a língua nos dentes e revelar o verdadeiro motivo para aquele casamento.

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Cada vez mais furioso, o filho de Amélia (Ana Bustorff) vai ter com a enteada e tira do bolso um saco de plástico que contém um batom e uma seringa e revela que foi aquilo que a mãe dela usou para matar o pai. “Percebo que custe a acreditar. Eu também tive a mesma reação… Uma senhora tão distinta como a Brígida, afinal é uma assassina. E inteligente. Usou o batom como arma do crime, nunca ninguém se ia lembrar disto. Ela estava a tentar matar o teu pai, sim. Como ainda me tentou matar a mim com esta seringa. Não te lembras, há pouco tempo, da viagem relâmpago para Nova Iorque? Ia fugir, depois de me matar. Tudo para não se casar comigo… Foi este o acordo que fiz com ela. Casarmos a troco do meu silêncio. Como deves calcular, não tenho qualquer interesse na tua mãe. Já no vosso império…”, atira, agarrando nos pulsos da antiga aliada: “Acabou-se o Vicente compreensivo, prestável, sempre disponível sem nunca ser devidamente recompensado! Toda a vida trataram assim o meu pai e depois fizeram o mesmo comigo... Mas acabou! Esse Vicente morreu”, anuncia.

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Em seguida, ele garante que quer o património que Raul (Virgílio Castelo) construiu à custa do seu pai e ameaça-a: “Agora a escolha é tua… Ou enfias a tua mãe num asilo e deixas-me ficar a controlar tudo o que é dela, ou eu entrego estas provas à polícia e ela é presa por tentar matar o teu pai. Pelo historial dela, aposto que se mata antes de ir dentro. Não brinques tu comigo. Vou dar-te um tempo para pensares e decidires. Mas lembra-te que tens o destino da tua família nas mãos.”

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Fora de si, Pilar volta para casa e confronta a mãe, que confirma toda a história e revela que viveu um inferno com Raul. “Passei horas e fins-de-semana, sozinha na cama à espera que ele chegasse a cheirar a outra! Era humilhante vê-lo a sorrir e a seduzir todas as mulheres com quem se cruzava. Charmoso? O seu pai não era charmoso, era um adúltero! A Idalina foi só uma delas, ouve muitas mais, como a Cláudia! Mesmo debaixo do meu nariz”, atira, revoltada.

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Ainda assim, a filha não tem compaixão e só quer que a mãe pague por aquilo que fez. “Agora temos duas hipóteses: ou a mãe vai para um lar e ele fica responsável pelos seus bens; ou manda-a para a prisão. E agora, mãe? O que é que fazemos? Deus não a pode ajudar. Se calhar, desta vez, e já que a sua vida está destruída, era melhor pensar em nós e ir presa. Assim, pelo menos, a nossa família ficava livre do Vicente e mantínhamos os nossos bens intactos. Que tal pensar em nós, para variar?”, frisa, deixando a mãe a chorar.

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