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Estrelas A confissão que ninguém esperava: Albano Jerónimo recorda infância de pobreza e violência

24 de Julho de 2024 às 22:10
O ator recordou as dificuldades vividas antes de ser famoso. Aconteceu num podcast, num momento raro em que abriu o coração
Texto Hugo Alves

A estrela de 'Senhora do Mar' e da série 'Rabo de Peixe', esteve no podcast 'Geração 70' onde deu a conhecer como foi a sua infância marcada por diversos problemas nomeadamente monetários. Apesar de tudo, garante que viveu em Alhandra, onde cresceu, depois de ter nascido em 1979, feliz. "Tenho boas memórias" recordou ao jornalista Bernardo Ferrão.

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Apesar de hoje viver sem dificuldades e ser um dos atores mais requisitados por realizadores, encenadores e directores de estações de televisão, quando era pequeno a situação era bem diferente. O mais novo de três irmãos cresceu numa "família pobre, de um meio mais escasso, em que não havia dinheiro sequer para fotografias", recordou o ator que apenas detém uma foto da sua infância. "Os meus amigos eram filhos de peixeiros e ciganos. Muitos ainda hoje são meus amigos", explica sem qualquer drama.

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A mãe trabalhava na TAP, o pai tinha um talho mas havia problemas monetários. "Nós tomávamos banho uma vez por semana e usávamos sempre a mesma roupa para a escola", diz o ator que era conhecido por uma senhora que o ajudou a criar, como sua avó- embora não o fosse- como Albaninho.

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Por isso a mãe insistiu muito que o filho arranjasse um trabalho cedo. Albano Jerónimo chegou a estudar para ser fisioterapeuta, antes de ser ator, mas já tinha feito muitas coisas antes desta pressão da mãe para arranjar um futuro. "Trabalhei em restauração, na construção civil, como servente, numa loja de roupa e noutra de sapatos. Num verão fui limpar uma fábrica de papel", diz sem medos. "Não tenho complexos nenhuns ao falar disto", diz o ator que durante esses anos, cresceu sempre ligado á igreja. "Fiz o crisma e fiz parte dos cruzados".

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Albano Jerónimo também não tem vergonha de falar da relação com os pais. Se com a mãe recebia "muito amor", com o pai a situação não era tão fácil. Sem receios diz que a relação não "nunca foi a melhor", dizendo, com alguma cautela que o mesmo não acontecia com o pai.  "Era peculiar. Vi algumas coisas...", diz sem continuar. "O meu pai ensinou-me o que não devo fazer. Os ensinamentos que me deu foram muito úteis. A minha mãe deu-me amor”, reforça.

Seja como for Albano diz que a escassez de bens e uma professora que o manteve longe do recreio "não sei porquê" e lhe deu "réguadas e com canas" trouxeram-lhe algo bom:"A escassez capitalizou a minha imaginação", conta a estrela da televisão portuguesa que se lembra de em pequeno, na terra em que cresceu descer as encostas "em portas de frigoríficos" velhos.

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