Estrelas A grande mágoa que Raquel Tavares quis esconder de tudo e todos

Raquel Tavares, de 40 anos de idade, sofreu uma lesão no joelho que tem tido consequências na sua mobilidade. A situação tem sido uma das maiores mágoas da fadista nos últimos tempos, por não poder dançar, como admitiu a Renato Godinho, no podcast 'O Amor é a Razão'.

O ator questionou-a se tem tido "repercussões emocionais" e Raquel Tavares respondeu positivamente: "Muitas, imensas. Tanto que eu evito falar sobre isso. A dança numa determinada parte da minha vida foi absolutamente fundamental e salvou-me imensas vezes, era a única ocasião que me abstraía do meu universo e da vida real."

"Não poder dançar [pausa]...", disse Raquel Tavares, com Renato Godinho a tentar completar o raciocínio, "... retira-te a porta para o quintal onde vais apanhar ar". A cantora mostrou-se concordante com a forma como o ator verbalizou a problemática: "'Ya'! É!", exclamou.

Depois, prosseguiu: "É claro que, agora que voltei a cantar, e numa fase bem mais equilibrada nesse sentido de usar o fado finalmente de uma forma mais confortável, não me estar a fazer tanta falta como noutra altura faria." A artista continuou: "Não dançar é quase um assunto que não falo, como deves ter percebido nos últimos meses. Não falo disso porque é um lugar muito desconfortável, de alguma tristeza. Não dançar retira bastante de mim, faz-me muita falta."

"Quando operei o meu joelho, a primeira coisa que perguntei ao meu médico quando entrei no consultório é: 'Daqui a quanto tempo posso dançar?' Não foi trabalhar – na altura estava na SIC a fazer o 'Domingão' – não perguntei quando é que podia voltar a trabalhar, perguntei quando podia voltar a dançar. Chorei como se me tivessem dito que me iam amputar uma perna, mesmo que só me fossem operar um joelho e em princípio em quatro meses estaria a dançar", lamentou Raquel Tavares.

"Foi bastante difícil essa gestão, tanto que fui dançar um bocado mais cedo, com ordem médica. Foi fundamental. E curiosamente numa fase de mudança, quando decido voltar à música de forma profissional. (...) Foi muitas vezes a dançar que encontrei algumas respostas", concretizou.