Estrelas Antes da fama e do amor dos portugueses, Luís Aleluia viveu infância sem afetos e com violência doméstica
Luís Aleluia, que morreu esta sexta feira aos 63 anos de idade, atravessava um excelente momento no plano profissional, com vários projetos em mãos, mas o seu grande auge aconteceu quando vestiu a pele do 'Menino Tonecas' durante anos na RTP1.
Uma fama que contrastava com a forma discreta como conduzia a sua vida privada, onde era casado com Zita Favretto e tinha dois filhos adotados, e que surgiu na vida adulta depois de uma infância traumática, onde foi vítima de violência doméstica às mãos de um padrasto alcoólico. Aos 10 anos acabou mesmo institucionalizado na Casa do Gaiato.
"Nessa idade não era um anjinho. Era uma criança normal. O professor do Menino Tonecas era de uma bonomia e deixava o puto abusar. Na Casa do Gaiato tive professores duros que não deixavam os alunos abusar e aquilo piava mais fino. O que me fez ser melhor aluno do que o Tonecas", recordou o ator em entrevista à TV Guia.
Luís Aleluia viveu na Casa do Gaiato durante seis anos. Anos que lhe moldaram a personalidade. Entrou para "escapar" das tareias do padrasto e libertar a mãe desse jugo. "Era uma circunstância que ocorria devido ao álcool. Não apanhava tareia todos os dias. Fui para Casa do Gaiato para a minha mãe se poder livrar desse senhor. Éramos vítimas de violência doméstica. A minha mãe apanhou muitas vezes porque se metia à minha frente. Foi a mulher que mais amei. Ela já morreu mas se existem santas, ela é a minha santa E ainda bem que lá fui parar, porque me foi incutida uma filosofia de humanismo, de distribuição, de cooperação", disse na mesma conversa com a TV Guia.
Mais tarde, a mãe voltou a ir buscá-lo depois de ter encontrado outro homem com quem dividia a sua vida. "A minha mãe arranjou um homem fantástico que me quis adotar. Ainda viveu com ele 22 anos..."
OS FILHOS QUE PENSOU EM NÃO ADOTAR
Se por um lado "os seus filhos fazem parte de uma concretização pessoal", por outro nem todos os minutos foram fáceis. Luís Aleluia confessa que pensou em desistir de todo o processo depois de ter estado, pela primeira vez, com as duas crianças. "Quando os vi tive um medo imenso e uma rejeição. Não por eles mas pela minha incapacidade e por pensar que eles podiam estar melhor com outros. Hoje em dia digo que não adotei ninguém. Eles é que me adotaram. Eu é que tinha necessidade dos afetos."
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