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Foto: Vítor Mota
Diogo Infante, Filipe
Diogo Infante, ator

Estrelas Diogo Infante aponta o dedo a quem adota crianças por interesse próprio

17 de Outubro de 2024 às 17:44
"Se as pessoas quiserem muito adotar uma criança, independentemente da raça e do sexo, então se calhar elas não vão demorar tanto tempo a adotar", afirmou o ator, que adotou Filipe, quando este tinha oito anos

Diogo Infante, de 57 anos de idade, adotou, em 2011, o seu filho Filipe, quando este tinha apenas oito anos, pouco antes de se casar com o atual marido Rui Calapez. Se o ator afirma que a adoção foi "a coisa mais maravilhosa" que lhe aconteceu, não se absteve de dissertar acerca das adoções, levantando alguns pontos de discussão que crê serem pertinentes.

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"As pessoas idealizam e romantizam esta ideia da adoção, mas bebés louros para adotar há muito poucos, uns três, mas se calhar crianças negras com seis anos para adotar há muitas. Se as pessoas forem efetivamente mais generosas e realmente pensarem e quiserem muito adotar uma criança, independentemente da raça e do sexo, até aos seis ou sete anos, e dar uma oportunidade a uma criança de ter uma vida, então se calhar elas não vão demorar tanto tempo a adotar, se calhar é mais rápido", sublinhou, no podcast 'A Esperança Atrás do Muro'.

"O problema é que a expetativa que as pessoas têm é desajustada da realidade. A maior parte das crianças que estão numa bolsa para adotar são crianças que tiveram uma infância terrível, passaram por situações horríveis, ou foram maltratadas ou abusadas ou violentadas ou foram retiradas aos pais porque não tinham o que comer", acrescentou o intérprete.

"Bebés louros para adotar há muito poucos, uns três, mas se calhar crianças negras com seis anos para adotar há muitas"

DIOGO INFANTE

"Portanto, são crianças muito carentes e isso implica um altruísmo e uma generosidade por parte de quem quer adotar que é muito mais importante do que suprir uma lacuna nas suas vidas de 'Ai, queria tanto ter um bebé'. Essa não é uma boa premissa quando se vai adotar. Porque quando nos propomos a adotar, a principal coisa que está em causa não somos nós, é a criança", concretizou.

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