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Carlos Castro e Renato Seabra
Foto: Rui Gageiro / Flash
Carlos Castro, cronista
Carlos Castro
Carlos Castro e renato seabra
Carlos Castro
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renato seabra
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renato seabra
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renato seabra

Estrelas Do crime macabro aos sacrifícios da mãe e da irmã: os dias difíceis de Renato Seabra depois da trágica morte de Carlos Castro

19 de Agosto de 2025 às 19:40
Era para ser uma lua de mel em Nova Iorque, mas terminou da pior forma e mudou para sempre a vida do modelo e da sua família. Recorde esta história de paixão fatal, que ainda hoje dá que falar

Estávamos em dezembro de 2010 quando Carlos Castro e Renato Seabra embarcavam para uma Passagem de Ano icónica em Nova Iorque. O cronista estava encantado com o modelo, a quem prometia ajudar a trilhar um caminho no mundo da moda, e a viagem era vista como uma espécie de lua-de-mel por Carlos Castro, que não escondia aos amigos chegados o apreço que tinha pelo jovem. 

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Na altura, ninguém imaginava que a estadia na cidade que nunca dorme se tornaria mais do que um pesadelo, um verdadeiro inferno, notícia nos quatro cantos do mundo, pelo crime bárbaro cometido por Renato, na altura com 21 anos de idade. Em Nova Iorque, o modelo e o cronista ficaram instalados no 34.º andar do Hotel Intercontinental, no quarto 3416, e durante uma semana fizeram vida de turistas. 

Foi precisamente quando já se preparavam para as despedidas à cidade que o impensável aconteceu. Tudo o que se sabe está entre aquilo que Renato contaria mais tarde e o cenário de horror que os investigadores encontraram quando chegaram ao quarto onde Carlos Castro foi assassinado. 

“O arguido afirmou que agarrou Carlos à volta do pescoço pelas suas costas e o arrastou, depois, pelo chão, enquanto pressionava a sua traqueia. O arguido afirmou que esfaqueou Carlos com um saca-rolhas na zona da virilha e na cara. O arguido afirmou que cortou os testículos de Carlos com esse saca-rolhas. O arguido afirmou que atingiu Carlos na cabeça com o monitor de um computador e que pisou a cara de Carlos, com os sapatos calçados. O arguido afirmou que atacou Carlos durante, pelo menos, uma hora. O arguido afirmou que, depois disso, despiu a roupa, tomou um duche, vestiu um fato e abandonou o quarto”, foi como que um resumo daquilo que Renato diria perante a juíza. 

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Depois de ter assassinado Carlos Castro, e enquanto saía do hotel, que Renato Seabra se cruzou com Vanda Pires, amiga do cronista com quem tinham combinado encontrar-se e que estava a tentar ligar a Carlos Castro sem sucesso. De forma evasiva, o modelo respondeu às perguntas de Vanda e avisou-a de que Carlos estava no quarto, saindo de seguida do hotel. Andou a vaguear sem rumo, até que entrou num táxi que o levaria até ao hospital St. Luke’s Roosevelt. 

No julgamento, e após confessar o crime, o modelo foi condenado a uma pena de 25 anos a perpétua, que cumpre no estabelecimento de alta segurança Clinton Correctional Facility, em Nova Iorque. No meio da sua vida de presidiário, o português recebe as visitas da mãe e da irmã, ainda que estas sejam agora mais espaçadas.

Se inicialmente Odília Pereirinha pediria uma licença profissional para poder dar apoio ao filho na cadeia, o custo de vida nova-iorquino e os muitos anos que ainda faltavam para que Renato cumprisse pena levaram a mãe desolada a regressar ao seu país. Hoje, tenta que não passem mais de seis meses sem ver o filho, que cumpre a sua penitência rumo à liberdade, sendo que em setembro de 2035 Renato terá a primeira audiência para saber se lhe irá ser concedido um regime de Liberdade Condicional. 

Em março de 2036 poderá conseguir a tão desejada liberdade total, que lhe permitirá um regresso a Portugal, algo que sempre lhe foi negado. Por essa altura, o réu e familiares da vítima deverão ser novamente ouvidos e só depois se acordará a eventual suspensão da pena. Na altura, Renato terá 46 anos e encontrará um mundo totalmente diferente daquele que deixou. Hoje, por exemplo, a irmã é agora deputada da Assembleia da República. 

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