Estrelas Guerras sem fim

1. Nesta edição, a ‘TV Guia’ falou, em exclusivo, com Pedro Mourinho, da TVI/CNN, com Ana Peneda Moreira, da SIC, e com José Rodrigues dos Santos, da RTP, enviados especiais à Ucrânia. Os dois primeiros já cá estão, o último chegou há pouco àquele país de Leste. Após ter feito um trabalho extraordinário em Kiev, o jornalista da estação de Queluz de Baixo com cheirinho à americana – ‘Breaking News’ é ridículo – mostra ter personalidade e maturidade únicas no relato da sua experiência e, também, no assumir publicamente que não gostou que lhe tivessem assinado a guia de marcha. "Preferia ter optado por ficar, por uma questão de trabalho, porque não estava ainda a sentir esse risco de que se falou. Na realidade, vim contrariado." Percebo-o. Como também percebo uma eventual pressão do peso-pesado Judite Sousa, junto do seu diretor, Nuno Santos, para ir para a guerra. 

2. A SIC estreou segunda-feira, 7, ‘Por Ti’, protagonizada por Lourenço Ortigão, Filipa Areosa e Duarte Gomes. Sendo cedo para uma melhor avaliação, com apenas um episódio emitido no momento em que escrevo, a novela não é nenhuma pedrada no charco na ficção nacional. Aguardemos pelo desenrolar da história e das audiências, vitais para o sucesso de uma estação privada. Para já, o primeiro episódio teve 1 milhão e 83 mil espectadores. Bateu ‘Festa É Festa’, da TVI, mas é poucochinho.

3. Pago de forma principesca na SIC – 15 mil euros por mês –, Bruno Nogueira arrancou com ‘Tabu’. Programa original belga adaptado pelo humorista e bem produzido pela Até ao Fim do Mundo, rompe com o que vimos até hoje. A estreia, com um grupo de pessoas com deficiências físicas, acaba por ser um murro no estômago – com humor à mistura, claro –, tanta é a injustiça na vida e a capacidade do ser humano em resistir a tudo. Para memória futura, ficam as audiências: só 839 mil espectadores, menos do que o rival TVI à mesma hora. A ver se Daniel Oliveira mantém a aposta no horário nobre ou a empurra para a meia-noite.

4. Vi as duas semifinais do ‘Festival da Canção’, na RTP1, e continuo sem perceber porque José Carlos Malato não tem um programa seu, ele que é um comunicador de excelência. Uma pena ir a quase todo o lado e não estar, basicamente, em lado nenhum.