Estrelas José Eduardo Moniz ataca na TVI

1. É difícil prever o que se vai passar no próximo ano. Não há uma bola de cristal que consiga. No entanto, há sinais de que 2023 poderá trazer um recrudescimento do combate entre a TVI e a SIC pela liderança, cada vez mais intenso. Este mês de outubro, por exemplo, está a mostrar um estreitamento da diferença entre as duas estações. O efeito combinado da eficácia das novelas da estação de Queluz de Baixo, que lideram quase sempre nos seus horários, e do crescimento do ‘Big Brother’, após semanas a vacilar, constitui indício de que a programação do rival está vulnerável. Se a dupla José Eduardo Moniz/Nuno Santos conseguir dar uma personalidade clara à sua Informação, que parece começar a desenhar-se, o canal de Balsemão tremerá.

E é aqui que estará a chave do sucesso da TVI, na Informação. De facto, os jornais das 13:00 e das 20:00 – muito este, obviamente – já começam a dar notícias exclusivas, a marcar a agenda nacional. Passou a haver mais e melhor investigação, acutilante e a pôr o dedo na ferida nos problemas reais dos portugueses, com a estação a tentar voltar a ser o contrapoder no País, hoje sob uma maioria absoluta do PS – no sábado à noite, abriu com as manifestações da CGTP, que juntou milhares de pessoas em Lisboa e Porto. O diretor-geral – como rosto de ‘Perplexidades’, à sexta-feira –, o reforço Sandra Felgueiras e o regressado Carlos Enes, um veterano do jornalismo, são apenas um cheirinho da mudança de paradigma em Queluz de Baixo.

A pedrada no charco seria, mesmo, a contratação de Manuela Moura Guedes, que quebrou o silêncio na ‘TV Guia’ desta semana, após os rumores das últimas semanas que dão conta do seu regresso à TVI. Não foi convidada, garante-nos, mas não fecha as portas a nada. Bem pelo contrário. A frase "sou jornalista, morrerei jornalista" resume-o na perfeição.       

2. César Mourão tem-se afirmado como âncora das noites de sábado da SIC, com ‘Terra Nossa’, mas nem tudo corre bem. No último episódio, o humorista falava para o seu auditório, de máscara no rosto, em Estremoz, na ascensão de Carlos a rei de Inglaterra quando a rainha Isabel II morresse. É verdade, é o que dá ter a sexta temporada toda gravada – um bafio infeliz a matar o talento do ator.