Estrelas O calvário de Ângelo Torres, o Manuel de A Fazenda. Ator corre risco de saúde

Ao fim de cinco anos em que esteve mais afastado do pequeno ecrã, Ângelo Torres, que ficou popularizado pela sua personagem Norberto Venâncio na novela 'A Única Mulher', regressa à TVI com a novela ‘A Fazenda’, no papel do empresário Manuel Contreiras. Para além do trabalho, Ângelo foi apanhado pela doença durante este período.

"Desde 2019 que ando para aqui com um problema que me afeta a perna. Em criança sofri de poliomielite. Estive mesmo dois anos paralítico, sem andar, mas safei-me. Mas eu sabia que mais tarde na minha vida ia acabar por pagar isso. E estou a pagar agora", revela, em exclusivo à TV Guia, ao mesmo tempo que mostra a bengala que o acompanha nos últimos tempos. "Esta (bengala) é da personagem, mas a verdade é que estou a ter uma recaída que me está a dificultar o andar. Estou em tratamento a ver se resulta", refere otimista.

"A perna está parada. Há um ligamento chamado pessoa, que vai do fémur ao joelho, e o meu pessoa tem falhado. Para já, estou a fazer fisioterapia mas em cima da mesa está a possibilidade de ser operado", partilha. Mas mesmo a cirurgia poderá não a solução definitiva: "O problema é que, mesmo operando, a perna poderá não reagir."

Apesar da questão de saúde, Ângelo Torres garante que não se sente limitado e continua a gravar diariamente. "A única coisa que me podia limitar era a cabeça. Para mim, ser estúpido é muito pior que esta doença que eu tenho agora. Claro que tenho algumas limitações, a que se acrescenta que, entretanto, fiz 60 anos e alguns problemas de saúde durante esses anos todos. Tudo isso pesa. Mas faço tudo na mesma. Só não me peçam para correr e saltar", diz, a rir, por fim.

Recorde-se que, ao programa 'Júlia', da SIC, em 2023, desvendou que, no passado, arranjava truques para que as produções não percebessem que se encontrava fragilizado: "Cada surto que eu tivesse no meio de um trabalho, inventava uma desculpa qualquer para poder ir ao hospital e que me dessem horas livres. Por exemplo, aguentava para poder sexta-feira ‘subornar’ alguém da produção, positivamente falado, para que pudesse sair cedo. Se pudesse garantir três sessões de cortisona, dava para disfarçar."