Estrelas Ricardo Pereira é educado, inteligente e humilde. Ao contrário de alguns colegas
‘Quer o Destino’, a novela da TVI que algumas vezes elogiei aqui, mesmo um pouco contra a corrente, não conquistou o Emmy na segunda-feira, dia 22, em Nova Iorque, tal como aconteceu com outras duas tramas portuguesas, ‘Meu Amor’, em 2010, e ‘Laços de Sangue’, em 2011. Mas não é drama nenhum. Pelo contrário. É um orgulho. Voltámos a mostrar ao mundo que somos bons na ficção: a pensar, a escrever, a construir, a produzir e a representar. Haja agora investimento, haja coragem para ousar e inovar. E haja resistência a não trocar o mediatismo – esse barómetro maldito do Instagram para os diretores Cristina Ferreira e Daniel Oliveira – pelo talento. Se for esse o caminho, outras distinções surgirão.
Sem esquecer autores, técnicos, realizadores e produtoras, atores talentosos não faltam em Portugal, dos mais novos aos mais velhos, como vemos diariamente na RTP, na SIC e na TVI. E por isso alguns já dão cartas em produções internacionais. Se na semana passada elogiei Bárbara Branco, Daniela Melchior e Alba Baptista, é justo reconhecer outros, como Ana Guiomar, Nuno Lopes, Maria João Bastos, Afonso Pimentel, Maria do Céu Guerra, António Capelo, Daniela Ruah, Joaquim Nicolau, Inês Herédia ou Ricardo Pereira. Sim, Ricardo Pereira, que se estreou na Globo em 2004 e, desde aí, tem mantido presença regular numa das maiores fábricas de ficção no mundo. Sim, é, hoje, mesmo com a pandemia a marcar a agenda, o nosso grande embaixador no país das novelas.
Conheço o Ricardo há muitos anos, a partir do momento em que começou a dar os primeiros passos na representação. E se não é o mais focado de todos no trabalho e na carreira, anda lá perto. Pouco me surpreende, por isso, que, numa recente entrevista à ‘TV Guia’, tenha dito que abdicou de tudo para interpretar Romeu, em ‘Amor Amor’, na SIC. Não é discurso estudado, é sincero. Percebe-se isso facilmente na construção da sua personagem, um cantor de música popular.
Ricardo tem ainda, de sobra, aquilo que falta, infelizmente, a alguns dos seus colegas: educação, inteligência e humildade. Como se viu, por exemplo, na gala dos Globos de Ouro, quando, na hora de levantar o de Melhor Ator de Ficção, dedicou o prémio à equipa e ao colega Rogério Samora.
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