Estrelas Um luto sem fim. Tony Carreira revela como ultrapassa diariamente a dor de ter perdido a filha e deixa conselho aos pais enlutados
Tony Carreira, de 61 anos de idade, foi questionado sobre que conselhos daria a pessoas que possam estar a sofrer com a morte de um filho, como aconteceu ao cantor após a tragédia que tirou a vida à filha, Sara Carreira.
Ao podcast 'Posto Emissor', da Blitz, o cantor revela: "Eu consultei o meu psicólogo uma vez, uma hora. E nessa hora, essa psicóloga disse-me uma coisa que coloquei na prática. Depois, não quis voltar lá, todos nós somos diferentes e temos de perceber que ferramentas é que nos podem ajudar. Esta psicóloga falou-me precisamente em ferramentas e foi uma grande ajuda. Preciso de ferramentas ainda hoje, porque a dor nunca passa, aprendemos a viver ou sobreviver com ela. Tive uma ajuda que a maioria das pessoas não tem: a ajuda do público, foram extraordinários, sejam meus fãs ou não, tive um País inteiro a apoiar-me."
Tony explica ainda: "As ferramentas passaram a ser falar da minha filha todos os dias, gosto de falar dela, gosto de contar as piadas que ela me contava, gosto de em sítios onde já estive com ela dizer: 'Olha, estive aqui com a Sara, fiz isto e aquilo com ela.' Outra ferramenta é a associação da minha filha que me ajuda muito, a ajudar as crianças em nome dela. Temos 52 crianças a nosso cargo e aí tive a minha profissão toda a apoiar-me: cantores, atores, canais de televisão."
De resto, não esconde a importância que a Associação Sara Carreira tem para si: "A associação para mim é uma grande ferramenta, ajuda-me muito saber que, por exemplo, um miúdo que era bailarino e foi dos primeiros que entrou e já está a trabalhar em Londres. Receber uma mensagem dele é maravilhoso, aí eu olho para o céu e sei que é graças à minha filha que teve essa possibilidade. Uma menina, a Rosinha, que trabalhava numa fábrica de tomates, já é contabilista, e isso ajuda-me muito."
"Não há dia nenhum em que não olhe para a fotografia dela e não pense: 'Hoje, ela já teria 25 anos. Se calhar já tinha filhos…'"
Também os descendentes e os animais de estimação de Sara acabam por amenizar a grande dor que ainda sente com a morte da jovem cantora: "Os meus netos ajudam-me muito porque revejo ali um bocadinho da Sara. As cadelas da minha filha, que a Fernanda não se importou que eu ficasse com elas, são uma grande ajuda, enorme."
Para terminar, Tony Carreira expressou a sua conclusão: "Somos todos diferentes, mas aquilo que aconselho a quem passar pelo mesmo: é que peguem em ferramentas e acreditem em coisas que não acreditavam antes. No fim da minha vida, irei chegar à conclusão sobre se estava certo ou errado em acreditar. Não há dia nenhum em que não me lembre dela, mas tinha duas alternativas: ou tentava continuar ou me deixava ir abaixo. Se caísse, tinha a noção de que uma parte da minha família caía também. O conselho que dou às pessoas é esse. Agora, quem pensa que já passaram dez anos… Não, [a dor] nunca passa. Não há dia nenhum em que não olhe para a fotografia dela e não pense: 'Hoje, ela já teria 25 anos. Se calhar já tinha filhos…' É o que é."
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