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Papa Francisco
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Papa Francisco, vaticano, praça de S. Pedro
Foto: REUTERS/Tony Gentile
Papa Francisco

Estrelas União por Francisco: o Papa que abriu as portas da Igreja a todos e que assumiu uma vida com erros e pecados

03 de Março de 2025 às 18:59
Aos 88 anos, o Papa argentino atravessa o seu momento mais delicado e gera apreensão no Vaticano, que se une pelo homem que teve a coragem de enfrentar tabus e de se mostrar humano, com todas as suas falhas e lacunas. A sua biografia é o exemplo de quem nunca se pretendeu esconder no brilho da religião.

Aos 88 anos, o Papa Francisco mantém-se internado e o seu estado é grave o suficiente para que se coloque em cima da mesa o tema da sucessão. Ele próprio, pragmático, deixou já tudo pronto para as cerimónias fúnebres, que serão celebradas à imagem daquilo que foi a sua vida: não haverá endeusamentos, o corpo não estará em exposição num altar e, ao contrário dos seus antecessores, também não terá direito a três caixões: apenas um, de madeira, basta. Em Novembro do ano passado, Francisco entregou uma nova versão simplificada dos funerais papais com efeitos imediatos no seu, mostrando-se coerente com aquilo que sempre apregoou toda a vida e com as mudanças que sempre tentou trazer à Igreja.

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Foi o primeiro Papa a abrir as portas a todos, a falar sobre homossexualidade, direito das comunidades trans, a desmistificar o divórcio e outros assuntos, porque, afinal, a bênção e o amor de Cristo, afirma, não são exclusivos apenas de alguns.  "A primeira vez que um grupo de transexuais veio ao Vaticano, saíram a chorar, comovidas porque lhes tinha dado a mão, um beijo… Com se tivesse feito algo de excecional para elas. Mas são filhas de Deus!", disse, na sua biografia, lançada recentemente, e que pretende mostrar que a vida de Francisco é igual à de tantos e tantos outros.

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No livro, a que chamou 'Esperança', o Papa não se esconde. Fala da infância no bairro pobre de Buenos Aires, das amigas prostitutas com quem mantém contacto, da paixão pelo futebol, dos amores de juventude e até da vez em que deitou um colega ao chão num ataque de cólera de que não se orgulha.

Mais uma vez, podia ter-se refugiado na religião, no seu percurso no seio da Igreja, na vida de celibato, mas a mensagem que quis passar foi precisamente a oposta: a de um homem comum em detrimento de um ser iluminado, que está num pedestal. Ele foi o primeiro Papa a descer do seu. Ainda está vivo, mas já deixa saudades.

Leia a história na íntegra na edição em papel desta semana da revista TV Guia.

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