Big Brother Verão Big Brother: arrepiante! Ana Duarte foi vítima de violência doméstica: o relato do terror que viveu às mãos de um ex-namorado
Ana Duarte viveu um terror na juventude com violência psicológica por parte do seu namorado à altura. A cantora e atual concorrente do 'Big Brother Verão' participou num tema intitulado '"Fui o Teu Troféu", imaginado por Joana Freitas Araújo e, assim como outras intérpretes que também emprestaram a sua voz a este projeto, falou sobre a sua experiência, em dois programas de televisão.
"Sofri muito de violência psicológica que me levou ao extremo. Não aguentas mais... e porque é que ficas ali? Tanta vez questionava até com a minha mãe, que ela dizia-me: ‘Ele faz-te tão mal que se te mandar deitar no chão para passar, tu vais-te deitar’. Era uma dependência emocional muito grande e não sei explicar. Não é dependência financeira", começou por dizer a Maria Botelho Moniz e Cláudio Ramos no 'Dois às 10', da TVI, em setembro de 2023.
"É a convivência, o dia-a-dia, pensava ‘Como é que me vou ver sem esta pessoa?’ Era tanta coisa, nós saíamos para tomar um café. Ele depois deixava-me em casa dos pais e dizia: ‘Agora vou beber eu o meu café’. E eu ficava, ficava triste, a chorar, e quando ele chegava, eu sorria", exemplificou Ana Duarte.
"Nós saíamos para tomar um café. Ele depois deixava-me em casa dos pais e dizia: ‘Agora vou beber eu o meu café’."
"Isto passa a ser o normal tal como as discussões. A pessoa ia sair à noite, chegava bêbedo de manhã, eu sozinha e estava tudo bem. Se discutisse, porque manifestar o meu desagrado por aquilo ter acontecido, eu é que, ao fim e ao cabo, acabava por pedir desculpa. Era a manipulação. A pessoa faz com que isso aconteça", concretizou.
Um mês depois, em outubro, no 'Alô Portugal', da SIC, providenciou mais detalhes sobre esta experiência traumatizante. "Quando falo em violência doméstica, as pessoas pensam logo em física. Nunca me bateram", declarou Ana Duarte. A artista relatou ainda: "Começa no namoro e em pequenos sinais, eu estar aqui e ter participado neste projeto fez todo o sentido porque a violência não é só física, também pode ser psicológica. O namoro durou quase dois anos, não chegou a dois anos."
Depois, explicou como a fase da vida em que se encontrava levou a que não detetasse os alertas e mostrou-se interessada em que estes casos sejam evitados: "Tinha 17 para 18 anos. Estamos muito apaixonadas, o amor é lindo, mas os sinais estão lá. É isso que, quando me sento para falar sobre este tema, é para alertar as meninas mais jovens que começam a namorar com 15 ou 16, para terem atenção aos sinais."
"Também é aquela parte em que se acha que não é nada. Sentia que não era nada. Sempre fui muito livre no que vestia, em ir sair com as amigas, e fui privada disso. O primeiro sinal é o afastamento das amizades, é de perguntar se ia de saltos altos ou se o vestido era muito justo", sublinhou, acrescentando: "De início é tudo muito bonito, esses sinais é para sair logo. (...) Já não havia um encanto porque… já me arranjava consoante aquilo que ele queria."