Estrelas Barracada em direto! Suzana Garcia e Vera de Melo protagonizam novo escândalo aos gritos nas manhãs da TVI: "Tu não tens educação"
O caso de uma mulher que está a ser investigada pelas autoridades de ter provocado o parto da sua filha para que nascesse sem vida, depois de ter alegadamente tentado uma interrupção voluntária de gravidez por terem passado mais semanas do que aquelas previstas pela lei para proceder a essa decisão, levou a um desacordo sério entre Suzana Garcia e Vera de Melo em direto no 'Dois às 10', da TVI, desta terça-feira.
Recorde-se que Cláudio Ramos conduziu a solo o formato já que Cristina Ferreira se encontra de férias a festejar o seu aniversário e que este não é o primeiro desentendimento entre as duas comentadoras da crónica criminal do matutino.
"Tenho de fazer uma ressalva para todas as mulheres que ficaram grávidas, não quiseram a gravidez e foram alvos de violação sexual e essas mulheres não escolheram estar grávidas e por isso é que a lei em Portugal", disse Suzana Garcia para contrariar Vera. "Oh Suzana, isso é um extremo, não vale a pena estarmos a falar em extremos", referiu a comentadora, com a advogada a protestar: "Estou a falar! Mas posso falar?" Vera afirmou: "Tu é que me interrompeste a mim porque estava a falar primeiro!"
Mais tarde, Suzana Garcia continuou a argumentar recorrendo da sua solidariedade com mulheres violadas e acrescentando: "Não é função da médica que viu esta senhora numa primeira e única consulta marcar uma nova." Vera de Melo discordou: "É função sim!" A advogada voltou à carga: "Estou a ser interrompida!"
Depois de a candidata às eleições autárquicas pela coligação PSD, CDS-PP, RIR, MPT e PPM à Câmara Municipal da Amadora ter retomado a sua oratória, Vera contra-argumentou: "Acho que este discurso não pode ir para populismos e extremos. Obviamente que não sou estúpida e não estou a falar de situações extremas, é o que acontece quando queremos usar este espaço para outras coisas que não são fazer informação. É levar a estes extremos que a Suzana acabou de fazer agora, de falar de pessoas com doenças e pessoas violadas. "
"Este discurso não pode ir para populismos e extremos. (...) É o que acontece quando queremos usar este espaço para outras coisas que não são fazer informação"
De seguida, a psicóloga disse: "Como é óbvio, se alguém sabe o que sofrem sou eu e não ela, porque ela se limita a acompanhar do ponto de vista jurídico e não emocional. O que estou a dizer é que, hoje, existe um plano de vários métodos anticoncecionais que impedem que a gravidez seja hoje uma escolha. Paralelamente, a médica de família marca automaticamente essa consulta, pode e deve fazê-lo."
Suzana Garcia mostrou-se melindrada com as acusações e disparou: "O que a Vera disse, e foi repetido três vezes perante a perplexidade do Cláudio [Ramos], é que hoje em dia só está grávido quem quer." Quando Vera tentou intervir, Suzana travou essa investida: "Agora não me vais interromper porque estou a falar! E com educação." Vera referiu: "Educação tu não tens."
Depois, Suzana declarou: "A questão de falares dos populismos diz mais de ti do que de mim." Vera contrariou, com farpas: "Para ficar claro, a Suzana deturpa a informação que os outros dizem a seu bel-prazer."
A advogada voltou a apontar o dedo à colega: "Não levo lições de gravidez de ti, porque se há alguém que passou por ela diversas vezes, inclusive com perdas gestacionais, sou eu. A tua perceção é teórica porque ouves os pacientes, a minha é pessoal. Sendo psicóloga, devias ter cuidado com o vocabulário que usas em relação a mulheres que podem estar lá em casa a ouvir-nos, que foram violadas e não escolheram engravidar."
Vera de Melo adicionou: "Volto a dizer que hoje ser mãe é uma escolha. Quero explicar para não o aproveitarem com populismo." Suzana questionou: "Qual é o populismo em causa?" A psicóloga alertou: "Suzana, não te exaltes!" A advogada deu troco: "Minha querida, tu é que te exaltas, estiveste o tempo todo a intervir a fazer juízos de valor sobre coisas que não sabes porque nunca passaste por ela."
Foi aqui que Vera de Melo ameaçou abandonar o programa: "Quero dizer algumas coisas antes de me levantar daqui, porque, lamento, isto não é a forma como eu me revejo na comunicação... Há aqui pessoas que não sabem conversar. Ser mãe é uma escolha no sentido em que tenho ao meu dispor um conjunto de informação que me permite decidir ter ou não filhos, os extremos de que estão a falar não eram esses a que me estava a referir."
Suzana apontou o dedo: "Não é preciso estar a usar ataques e adjetivos, porque não precisei de te atacar pessoalmente, tu é que usaste adjetivos para mim." Vera prosseguiu: "...era dessas pessoa que estava a falar. De resto, não tenho mais nada a dizer porque diz mais sobre os outros do que sobre mim."
Vera de Melo insistiu: "Não temos de passar pela situação para saber o sofrimento que ela provoca." Suzana ripostou: "Mas quem passa sabe mais do que quem fala só teoricamente." Aqui, Cláudio Ramos decidiu pôr fim a este desaguisado e mudou o tema.