casa dos segredos Casa dos Segredos: a relação distante de Marcelo com o pai, que lutou contra problemas de adição
Marcelo Palma, ex-concorrente de 25 anos 'Casa dos Segredos', recordou a sua infância longe do pai, Artur, que, durante o programa, sempre foi um dos principais apoios e em cuja agência funerária trabalha hoje em dia.
"Nasci numa família sem grandes possibilidades, os meus pais separaram-se quando eu tinha dois anos. As únicas memórias que tenho é eu com o meu padrasto e a minha mãe. Sei que ela passou algumas dificuldades quando estávamos só os dois, e foi uma bênção o meu padrasto ter aparecido nas nossas vidas", contou, no programa 'Goucha', da TVI, acrescentando que "via muito raramente, mas algumas vezes" o progenitor, dizendo que não era uma figura presente, nem no que à educação diz respeito. "O meu padrasto fez um trabalho incrível ao qual serei eternamente grato", assinalou.
"Das recordações que tenho, lembro-me que me comecei a dar com o meu pai numa altura em que ele comprou uma rulote num parque de campismo. Durante o verão, algumas vezes ia passar férias com ele e é nesse momento que nos começamos a aproximar e a passar mais tempo juntos", relatou.
A relação, contudo, não era fácil: "Não era pacífico, porque o meu pai teve alguns problemas em relação ao álcool e sempre tivemos muitas diferenças, não foi fácil crescer nesse sentido. (...) Sempre ouvi dizer que ao lado de um grande homem tem de estar uma grande mulher, sem dúvida a madrasta que tenho atualmente é uma mulher excecional que o ajudou muito, ela entrou na vida dele há sete ou oito anos, e foi uma mudança radical."
"Não era pacífico, porque o meu pai teve alguns problemas em relação ao álcool e sempre tivemos muitas diferenças"
Depois, revelou: "Ele mudou de hábitos, comportamento, maneira de estar, amor próprio, a tudo. Ele conseguiu mudar radicalmente a sua vida. Ele já era agente funerário, mas não era como daí para a frente, não tinha tanto serviço e responsabilidade. (...) Aí, é começa o processo e mais para a frente é que se dá a reviravolta na nossa relação."
Marcelo frisa, todavia, que todo este processo foi espinhoso: "Há muitas mágoas, muitos traumas, e foi isso que dificultou o processo de criar uma relação, foram os maiores obstáculos. Acredito que seja de parte a parte, o meu pai não conseguia lidar com a frustração que tinha dentro dele da ausência que teve comigo. Foi um processo duro e uma caminhada gigante. (...) Tivemos imensas discussões e acredito que tenha cobrado muita coisa. Nunca fui muito de atirar à cara o passado, mas pedir que o presente e o futuro fossem melhores."