André Villas-Boas, de 46 anos de idade, viu um sonho tornar-se realidade quando, no sábado, se tornou no 32.º presidente da história do FC Porto, destronando Jorge Nuno Pinto da Costa, após um reinado de mais de quatro décadas. No entanto, este não é o primeiro sonho que o novo líder dos dragões materializou.

Em 2018, recorde-se, o antigo treinador estreou-se no rali Dakar, que se realizou na América do Sul, uma ambição que já vinha de há muito tempo, apesar de não ter sido a primeira vez que integrou uma corrida – aos 17 anos, já havia participado no campeonato nacional de motos todo-o-terreno. Inicialmente, até ponderou competir no Dakar na categoria das motos, mas a mais extensa preparação a que isso o obrigaria levou a que optasse por conduzir um carro, ao lado do copiloto Ruben Faria.

Ler também

André Villas-Boas marcado pelo drama de dois tumores

À partida para a quarta etapa da prova automóvel, no Peru, André Villas-Boas encontrava-se na 43.ª posição, mas uma distração deitaria tudo a perder. O seu Toyota atravessou uma duna e acabou por cair num buraco. Para além deste embate ter ditado o abandono da competição, redundou ainda em sequelas físicas consideráveis, tendo sido transportado para o hospital de helicóptero.

Ler também

Segurança máxima no Porto! PSP protege mulher e filhos de André Villas-Boas

"Não houve distribuição de força. Se tivesse capotado, teria havido essa distribuição. Ali não. Foi seco, direto. Parti a coluna. Um tipo não sabe que partiu a coluna, claro. Mas entrei imediatamente em espasmo muscular nas costas e não me conseguia mexer", revelou à revista 'Sábado', na antecâmara das eleições portistas.

"Tinham-me dito que ia ao hospital e que podia regressar ao carro. 'Por favor, não me lixem', respondi-lhes, mas não havia nada a fazer... Nada me tira aquela sensação extasiante de completar uma etapa", rematou Villas-Boas.