Terminou o pesadelo, mas o trauma promete ainda ficar na cabeça de Dylan Fonte, de 29 anos de idade, durante algum tempo. Depois de 11 semanas a viver na mansão da Malveira, o milonário foi expulso pelos portugueses na noite deste domingo, 30 de novembro. À saída deparou-se com uma “onda de ódio” de que não estava à espera.

A revolta do candidato de Viana do Castelo é mais do que muita. E, em exclusivo à TV Guia, o próprio relata todo o inferno que viveu, lançando duras acusações à produção do programa. Em primeiro lugar, Dylan admite que ficou traumatizado “e não foi por saber agora o que se passa cá fora.” “Quando pedi para desistir - e que foi outra coisa que para mim ainda mais me incomodou - disse à Voz que já não estava bem até a nível de saúde, porque andava com enjoos diários por causa da ansiedade e eles nem isso tiveram atenção”, começa por acusar.

Mas não se fica por aqui. O rapaz afiança que tanto a mãe como a sua família “muitas vezes fizeram o pedido para eles me informarem de que as coisas não estavam bem e que era urgente que eu saísse”. “Acho que eles [produção] já saberem o estado em que eu estava e que partilhei com eles – estava mesmo mal e disse-lhes que isto já estava a ser prejudicial para a minha saúde - não deveriam ter compactuado com isso e querer que eu ficasse mais uma semana”, frisa.

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Ainda hoje, Dylan tem bem presente o que aconteceu naquela noite de segunda-feira, 24 de novembro, depois de receber a sanção e que originou toda a revolta. “Fomos ao confessionário para desistir e eles disseram que não podíamos desistir naquele dia. Apesar de nós insistirmos que queríamos ir embora nessa noite, eles obrigaram-nos a ficar lá”, afiança. No dia seguinte, houve mesmo outras conversas longe de todos os colegas. “Acabaram por vir falar connosco outras pessoas [da produção]. E quase que a insistir e a dar outro ponto de vista de que [o que se estava a passar] não era como nós achávamos que estava a ser e que lá para fora, podiam estar a passar coisas diferentes, que era tudo mentira”, denuncia.

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Hoje, não tem dúvidas de que a sua ideia estava certa: “Não estava a passar nada, estava a passar exatamente o que nós achávamos. Depois tivemos ainda a ida ao psicólogo para tentar fazer com um que ficássemos lá. E, quando eu e o Bruno já estávamos decididos a ficar a continuar, à noite [antes do ‘Especial’ com Cristina Ferreira], surgiu a situação de irem chamar pelo Bruno para sair”, justifica.

Aquilo que Dylan não se apercebeu é de que os gritos também eram dirigidos a ele. “Pelos vistos, a minha família tinha pedido à família do Bruno também para pedir para eu sair. Eu é que não ouvi, se, não teria saído também naquele dia e acabei por achar, na minha inocência, que ainda havia possibilidade de ficar. E acabou por acontecer o que o que eu previa, que era sair no domingo”, prossegue, acusando mesmo quem produz o programa de “incitar ao ódio” contra si. “Lá dentro tive uma única missão que foi a partilha de um ovo durante dois meses e meio, enquanto outros concorrentes tiveram muitas outras. Aí já se vê bem quem é que eles queriam que fossem os protagonistas e quem é que eles queriam que fossem os vilões. E claramente eu e o Bruno fomos escolhidos para esse papel”, frisa.

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Por isso, não tem dúvidas em afirmar que o seu maior arrependimento foi “não ter saído” quando Bruno desistiu. “Se calhar, aí tinha mudado alguma coisa. Mas, assim saí na gala, ali com uma humilhaçãozita no estúdio”, remata, visivelmente chateado.