Estrelas História incrível! Ator da TVI salvo em Paris por embaixadores venezuelanos
Joaquim Nicolau viveu cinco anos em Paris. Estudante na capital francesa, passou por sérias dificuldades financeiras, mas nunca passou fome, até porque, muitas vezes, não ligava à alimentação. "Era muito feliz só a comer esparguete com molho de tomate", confessa o ator da novela ‘Amar Demais’, onde brilha na pele de Peter, numa grande entrevista à ‘TV Guia’ desta semana.
Aterrou na Cidade Luz aos 22 anos. Tinha uma bolsa que quase não chegava para pagar o estúdio onde dormia e trabalhava em restaurantes "para arranjar mais uns tostões", porque "a vida era muito cara". Porém, um dia, Joaquim Nicolau conheceu uma bonita colega venezuelana, da área da dança, que foi a sua salvação. "Disse-me que a mãe andava à procura de alguém que a ajudasse a ir às compras, de um lado para o outro. Olhei para ela e perguntei-lhe o que fazia a mãe. Ela ficou um bocado encabulada, mas disse-me que era a embaixatriz da Venezuela em França", conta o ator à mesma revista.
Joaquim Nicolau foi então à embaixada. Quando estava na cozinha a falar com a mãe da colega, entra um senhor baixinho, com uma boina. "A mulher apresentou-me como sendo o marido, o senhor Ramón Escobar. Ainda por cima, tinha nome de traficante de droga (risos). Disse-lhe que ia ser o ‘chauffeur privé’ dela. Ele olhou para mim e decidiu que seria antes o seu ‘chauffeur’. Disse-lhe que Paris tinha 15 mil ruas e que teria dificuldade em conduzi-lo..."
QUARTO COM VISTA PARA A TORRE EIFFEL
Sem GPS na altura, numa cidade com milhões de habitantes, o ator viu completamente a vida a andar para trás. "Ele nem me deixou falar e mandou-me à embaixada escolher um carro. Escolhi um Mercedes. Deram-me cupões de gasolina e andei a estudar e a treinar à noite os itinerários. Foi assim que nasceu a nossa relação. Pessoas educadíssimas e amigas. De repente, a minha vida mudou: tive direito a um estúdio de borla nas águas furtadas na residência do embaixador, com vista para a Torre Eiffel. Comidinha da boa feita pela dona Maria, a cozinheira madeirense, e ainda ganhava salário em dólares. E, na escola, era o tipo que tinha ‘guito’", termina Joaquim Nicolau, de 56 anos, entre risos."
Leia a entrevista na 'TV Guia' desta semana.