Margarida Moreira e Anabela Moreira, de 47 anos de idade, são um raro caso de gémeas que seguiram o caminho da representação e alcançaram ambas o sucesso nesta indústria. Apesar do amor e admiração que nutre por Anabela, Margarida reflete sobre as dificuldades impostas por terceiros em crescer ao lado de uma irmã gémea, tal como a parte mais positiva desta ligação.

"Quando era criança, não sabia que tinha uma irmã gémea, nem sabia o que isso significava. Era apenas minha irmã. Consoante fui crescendo, fui-me apercebendo melhor o que de bom e mau poderia trazer. O positivo foi ter nascido e crescido acompanhada. E isso, de facto, foi uma bênção", começou por referir a atriz à revista 'Vidas', do 'Correio da Manhã'.

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"Da parte negativa, lembro-me de ser criança e pedirem para nos colocarem lado a lado para verem as diferenças, e nunca gostei disso. Sou única, diferente e singular. Viver em comparação é mau. As pessoas não imaginam o difícil que pode ser ser-se julgado e avaliado por comparação. Quando era criança, uma professora começou a dar-me um sermão por algo que não tinha sido eu a fazer. Quando confrontada que não tinha sido eu, mas a minha irmã, ela respondeu que era a mesma coisa", relembra a artista que pode ser vista nas salas de cinema com o filme 'Cândido – O Espião Que Veio do Futebol', e no teatro, com a peça 'A Seita'.

"Eu e a Anabela sempre nos diferenciámos e a verdade é que nos dias que correm nem me lembro que sou gémea. Somos muito independentes uma da outra e isso é bom", rematou.

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