Estrelas Teresa Caeiro: uma vida marcada pelas desilusões e assombrada por fantasmas do passado
Num verão que nos tem confrontado com partidas tão trágicas quanto inesperadas, Teresa Caeiro engrossou as estatísticas dolorosas. A notícia chegava ao final da noite do dia 14 de agosto e deixava o país num silêncio chocado: a antiga deputada tinha sido encontrada sem vida, pelo único filho, Pedro, de 19 anos, na sua casa.
Rapidamente, o choque deu lugar a depoimentos que caíam em catadupa nas redes sociais e que mostravam o quanto ‘Tegui’ – assim era conhecida – ultrapassava a sua carreira política no CDS e tinha deixado marca um pouco por todo o lado. Ela que, segundo os mais próximos, vivia numa busca incessante de afeto e aceitação, recebia, depois da morte uma onda de amor sem limites, dos diversos quadrantes da sociedade.
"Choro por isso, por saber que, com tantos amigos a protegê-la, ela não tivesse tido a capacidade e a vontade, de sublimar as pedras que a vida, por vezes, põe no nosso caminho para nos testar"
De Bárbara Guimarães, a João Baião, de Edite Estrela a Helena Sacadura Cabral, muitos lembraram como Caeiro era frágil, bonita, delicada, lutando, muitas vezes, para se impor perante os seus próprios fantasmas. “Choro por isso, por saber que, com tantos amigos a protegê-la, ela não tivesse tido a capacidade e a vontade, de sublimar as pedras que a vida, por vezes, põe no nosso caminho para nos testar", escreveu Helena Sacadura Cabral, mãe de Paulo Portas, o grande responsável pelo despontar político de ‘Tegui’.
Teresa Caeiro viveu duas relações conhecidas, a primeira com Vasco Rato, da qual nasceria o seu único filho, e a segunda com Miguel Sousa Tavares. O romance mediático aconteceu em 2010. A paixão foi vivida intensamente ao longo dos seis anos seguintes, mas culminaria num divórcio magoado, com os feitios incompatíveis a serem apontados como o motivo da rutura. Desde então, ‘Tegui’ não mais voltaria a assumir um namorado, sendo público que deixou de acreditar em contos de fadas. “A vida não é como vem nos livros. É como a conseguimos tecer. Há um enorme desfasamento entre o nosso imaginário e a realidade”, afirmaria sobre as relações sentimentais.





A maior polémica viria, porém, a lume já depois da sua morte quando, num artigo publicado no Correio da Manhã, Armando Esteves Pereira, diretor-geral adjunto no jornal, daria voz à denúncia que a própria ‘Tegui’ lhe confidenciou ter vontade de tornar pública: a violência doméstica que teria sofrido no casamento.
Uma história para ler na íntegra na edição desta semana da TV Guia, já nas bancas ou na versão digital, aqui.