Estrelas Um amor tornado inferno! Paula Neves temeu pela própria vida: "Estive seis meses a levar tareia"
A atriz Paula Neves, de 45 anos de idade, tornou-se conhecida do grande público com o papel de 'Trinca Espinhas' em 'Anjo Selvagem', na TVI. A atriz vive um grande amor ao lado do psicoterapeuta Ricardo Duarte. Estão juntos há 22 anos e são casados há 18. Uma relação longa, muito desejada, mas que a atriz sempre pensou impossível. "Nunca esperei ter um relacionamento longo, apesar de ser esse o desejo mais profundo da vida. Sempre foi, mas achava inalcansável e inatíngivel", disse em 2019, em entrevista à TV Guia. Porquê? "Porque sou instável, com muitos altos e baixos, e achava que isso não era compatível com um amor estável... E depois descobri que era. Além disso tinha passado por um namoro complicado", assumiu na mesma entrevista.
"Nunca, por nenhum momento, confundi violência com amor. Nunca! Quis terminar o namoro e ele achou que a maneira de me convencer era através da violência e da obrigação, e eu não permiti. Portanto, estive seis meses a levar tareia com ele a achar que era assim que me convencia a estarmos juntos", contou.
"Ele andava de mota, nem sequer era da minha escola, tinha muita autonomia, e eu andava a pé. Ele entrava pela escola adentro, fazia-me esperas à porta, apanhava-me a meio do caminho. Foram meses em que senti medo. Foi a única vez na minha vida em que senti medo. Senti medo e sentir medo é uma coisa muito estranha, é um sentimento muito, muito, muito fora, que acho que o comum dos mortais não tem acesso a ele e ainda bem, porque é horrível", descreveu Paula Neves.
"Ainda por cima aquilo acontece numa altura em que estou a querer provar aos meus pais a minha grande independência, a minha autonomia e capacidade para lidar sozinha com a vida. E o primeiro impacto que tenho é isto. Vou dizer aos meus pais? Não vou", assumiu. No entanto, a violência continuou a aumentar e a adolescente Paula Neves não conseguiu lidar sozinha com a situação e acabou por contar aos pais. A atriz chegou a temer pela própria vida
"A coisa estava a escalar muito em violência profunda. E eu percebi que qualquer dia morreria. E quando eu lhes disse [aos pais], a situação parou. Até hoje, não sei o que é que eles fizeram, mas sei que resolveram", garantiu. "Tive, durante anos, pesadelos constantes em que tinha de me defender e os meus murros saíam como se estivesse debaixo de água. Não tinha força para me defender. E deixou-me com um sexto sentido para homens violentos, para pessoas violentas. Tenho facilidade em perceber sinais e percebi, exatamente, o que não quero para a minha vida", concluiu Paula Neves.