Estrelas Comentadores da treta, milhares sem esperança

10 de Junho de 2023 às 00:00
Desmentiram o fim da (curiosa) relação de Margarida Corceiro e João Félix, avançada pela ‘TV Guia’ em dezembro, porque adoram lamber as botas aos famosos. Mas adiante. O que me preocupa mesmo são as promessas por cumprir dos sucessivos governos na saúde e os portugueses abandonados à espera de um médico…

Podia escrever sobre alguns comentadores de social que ganham a vida a falar das notícias que as revistas e os jornais trazem, que adoram lamber as botas às figuras públicas à espera, um dia, de um telefonema de agradecimento, podia escrever sobre alguns comentadores que se prontificaram a desmentir o fim da (curiosa) relação de Margarida Corceiro e João Félix, revelada em dezembro pela TV Guia, mas não o vou fazer. E decidi isso depois de ler a entrevista de Francisco Moita Flores, nesta semana, na nossa revista. Porque, de facto, e aprendi isso com um diretor, "as coisas são o que são, não vale a pena dar-lhes a importância que não têm". Posto isto, vamos ao que tem importância.

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"Aquele Hospital de Santa Marta é um convento velho, uma coisa miserável! A fantochada da política anda, há mais de 20 anos, a gozar com os lisboetas, a dizer que vai construir o Hospital de Todos os Santos. Temos a melhor medicina que se pode fazer nos vários conventos de Lisboa – São José e Capuchos. É uma vergonha! É miserável, no século XXI, que os tipos que mandam no País não tenham vergonha de apresentar condições precárias destas. Já foram lançadas as primeiras pedras do novo hospital… Várias vezes!", acusa o escritor, revoltado.

A construção do Todos os Santos está em suspenso há 30 anos. É deixada sistematicamente para trás, Governo após Governo – do PSD ao PS, com uma mão do CDS, não há um pingo de vergonha com as promessas por cumprir. O projeto para substituir os seis hospitais do centro de Lisboa continua assim no papel. Enquanto não avança, são desperdiçados milhões em obras nos deploráveis hospitais. Mais importante: enquanto não avança, as pessoas – as malditas pessoas, não é? – vão sofrendo na pele a saúde a que (não) temos direito.

Em Lisboa e no País, como vemos na televisão. São milhares sem médico de família, milhares à espera de uma consulta ou de uma cirurgia, milhares às portas dos centros de saúde – ao frio, à chuva e ao sol. São milhares de pessoas… ao abandono, sem esperança. Até quando?

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