Estrelas Mas o que é que aconteceu a Zé do Pipo? Já passaram quase seis anos após o desaparecimento do cantor e há questões que se impõem

Nuno Batista era uma das figuras emblemáticas da música 'pimba' portuguesa: conhecido como Zé do Pipo, animava pessoas com os seus temas, até ao dia em que desapareceu sem rasto, na madrugada de 6 de novembro de 2018, com 40 anos de idade.

Quase seis anos depois, o mistério permanece por resolver. Zé do Pipo sofria de depressão crónica, tendo-lhe sido diagnosticada bipolaridade. Por isso, foi-lhe informado pelo médico que a sua vida de espetáculos teria chegado ao fim.

No dia 5 de novembro, falara com a mulher, Celeste, pela última vez às 14 horas do dia anterior, avisando-a que iria a um estabelecimento bancário, nunca mais ninguém o avistaria. Nem aí, nem depois: já que o corpo nunca apareceu. A família crê que Zé do Pipo se atirou ao mar na praia do Porto da Areia, em Peniche, onde o seu veículo foi encontrado.

Alguns pontos de interrogação surgiram após quando, como a TV Guia revelou, o seu carro foi vendido pela mulher pouco depois do desaparecimento numa conhecida plataforma de comércio eletrónico, tal como o computador, para fazer face às dificuldades financeiras que esta atravessava.

Zé do Pipo tinha dois filhos. O mais velho, David, tinha 16 aquando da tragédia, sendo agora já maior de idade. Recebeu uma mensagem de encorajamento por parte do pai no Instagram pouco antes do seu desaparecimento: "Estás um rapaz lindo, filho, mas mais importante do que isso, tenho imenso orgulho no homem em que te estás a tornar. Tens todas as qualidades para ser feliz. Nunca te percas." Já o mais novo, Gabriel, tinha somente três anos na altura. O avô, passado um ano desse fatal mês de novembro, relatou, à 'Nova Gente', como ajudou o petiz a lidar com a ausência do artista: "O pequenino, no princípio e agora, ainda fala quando está aqui em casa. Nós dizemos que o pai é uma estrelinha que está lá em cima no céu, e ele, à noite, olha para lá e diz que está lá a estrelinha. E diz ‘tchau, adeus, até amanhã’. Agora, vai com o tempo."

Volvida mais de meia década, parece cada vez mais que as respostas a uma das histórias mais bizarras que surgiram em Portugal nunca irão aparecer, mesmo depois das reconstituições levadas a cabo pelas autoridades, e só daqui a quatro anos poderá ser declarada a morte presumida do cantor.