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Bruno Simão, Casa dos Segredos
Foto: Jorge Godinho/Correio da Manhã
Bruno Baião
Bruno Simão critica favorecimento a Pedro Jorge na 'Casa dos Segredos' e ameaça retaliação
Foto: Jorge Godinho/Correio da Manhã
Bruno Baião
Bruno Simão pondera futuro na Casa dos Segredos após tensão e nomeação

Casa dos Segredos Morte repentina de craque do Benfica traumatizou Bruno Simão da Casa dos Segredos: a dor que o uniu a Ruben Amorim e João Pereira e ainda hoje o persegue

18 de Novembro de 2025 às 19:03
Durante dinâmica, o antigo futebolista relata o momento mais marcante da sua vida, quando, aos 18 anos, teve de enfrentar a morte do seu amigo, Bruno Baião

Nesta terça-feira, 18 de novembro, Bruno Simão, concorrente da 'Casa dos Segredos', da TVI, não escondeu as emoções ao recordar Bruno Baião, seu antigo colega nos escalões de formação do Benfica, que faleceu de forma precoce em 2004, aos 18 anos.

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"A coisa que mais me marcou foram perdas", começou por dizer, numa dinâmica. Depois de lamentar a morte da avó, falou também da perda de Bruno: "Não era de sangue, mas era um irmão meu. Faleceu aos 18 anos. Desde os dez anos estávamos sempre juntos durante o dia. Foi no futebol que o conheci no Benfica e passávamos as férias juntos, os pais deles são como uns pais para mim, os meus eram também da mesma forma."

De seguida, lembrou: "Quando eu já estava no Belenenses, estava ele no Benfica, ele recebe uma chamada, no café em frente ao campo onde treinavam, e teve um ataque fulminante, uma paragem, caiu para trás, ficou vários dias em coma. Fomos visitá-lo ao hospital em que nos foi pedido para falarmos com ele e depois desligaram as máquinas."

Bruno Simão admite que é uma marca que permanece inapagada e que ainda se junta à família do ex-colega: "Ainda hoje sofro com a morte dele, falo com ele. O funeral é algo que jamais irei esquecer. Ele faz-me falta todos os dias, foi das melhores pessoas que conheci na minha vida. Faço questão de visitar os pais e o irmão sempre, são sempre momentos emocionantes, eles têm um restaurante com as fotografias dele. Foi e é das maiores cicatrizes que tenho na minha vida, ver partir alguém que amava e tão novo, com 18 anos, com tanto para dar. Foi sem dúvida dos momentos mais tristes e marcantes da minha vida."

Por fim, referiu: "Cada vez que entro em campo, falo com ele. Aqui, já falei muitas vezes. E é uma marca que jamais irei superar, porque foi alguém marcante para mim. Ninguém merece partir, mas uma pessoa como ele não merecia mesmo. Foi a cicatriz que tive logo aos 18 anos." 

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Bruno Baião estava no Benfica desde 1996 e integrou plantéis ao lado de Ruben Amorim, João Pereira, Manuel Fernandes, João Vilela e outros nomes de referência das equipas jovens das águias dessa geração, como é o caso de Bruno Simão. Na época 2003-04, o médio era capitão de equipa dos juniores encarnados. Após um treino, em maio, sofreu uma paragem cardiorrespiratória, num café próximo do campo de treinos, nos Olivais, como relatou Bruno Simão, e caiu inanimado no chão, pouco depois de receber o tal telefonema que dava conta da sua integração no plantel principal da época seguinte.

Foi assistido pelo massagista e depois pelo INEM, tendo sido levado para as urgências do Hospital Curry Cabral, onde sofreu uma segunda paragem cardiorrespiratória e foi levado para a unidade de cuidados intensivos. No dia 15, e depois de quatro dias em coma profundo, Bruno Baião acabou por morrer, um dia antes da final da Taça de Portugal conquistada pelos encarnados contra o FC Porto de José Mourinho, o que levou a que o Benfica entrasse no relvado do Jamor com fumos negros.

A notícia deixou de rastos a massa adepta do Benfica, ainda abalada pelo desaparecimento abrupto de Miklos Féher três meses e meio antes, que esteve em peso a acompanhar a urna com o corpo de Baião no Estádio da Luz. Foi João Pereira, ex-treinador do Sporting e então futebolista das águias e amigo de Bruno, que entregou à família do falecido jovem uma camisola autografada por todo o plantel. Quando o Benfica conquistou o campeonato nacional de juniores, em junho, as homenagens repetiram-se.

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Foto: Luís Manuel Neves/Correio da Manhã
A dedicatória de João Pereira ao ex-colega, em 2004
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O acontecimento acabou por deixar uma indelével marca em todos os jovens que conviveram com Bruno Baião. Tanto é que em 2010, seis anos depois da trágica notícia, se realizou um jogo de homenagem em Linda-a-Velha, nos quais participaram diversos ex-colegas de equipa e amigos, com as equipas a serem capitaneadas por João Pereira e Ruben Amorim, que, na altura, representavam Sporting e Benfica, respetivamente. "Conseguimos juntar-nos por ele. É uma homenagem merecida", disse o à altura futebolista dos leões, em declarações citadas pelo 'Record', enquanto o atual treinador do Manchester United disse: "Parece que ainda foi ontem que andámos nos infantis."

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Foto: Paulo Calado/Record
Ruben Amorim e João Pereira em torneio de homenagem a Bruno Baião em 2010
Foto: Paulo Calado/Record
Ruben Amorim em torneio de homenagem a Bruno Baião em 2010
Foto: Manuel Moreira/Correio da Manhã
Ruben Amorim e João Pereira em torneio de homenagem a Bruno Baião em 2010

Em 2014, quando uma década separava o presente do último suspiro de Bruno Baião, voltou a ser organizado um evento dedicado ao malogrado jogador: um torneio no Tagus Park, em Lisboa, que reuniu jogadores e amigos, entre os quais o próprio Bruno Simão.

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Foto: Paulo Calado
Bruno Simão participou na competição dedicada a Bruno Baião, em 2014
Foto: Paulo Calado
Bruno Simão participou na competição dedicada a Bruno Baião, em 2014
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