Estrelas Pânico! Humorista dos Gato Fedorento obrigado a encetar fuga durante tiroteio em Lisboa
Miguel Góis, dos Gato Fedorento, revelou que estava dentro do TimeOut Market, no centro de Lisboa, aquando do tiroteio na passada quarta-feira, que, apesar de não ter tido vítimas, levou a uma situação de pânico dentro do espaço que se situa junto ao Mercado da Ribeira.
"Na última quarta-feira às 20h30 houve aquele tiroteio no TimeOut Market. Adivinhem onde eu estava na quarta-feira às 20h30?", começou por dizer, no podcast 'Assim Vamos Ter de Falar de Outra Maneira', que partilha com dois dos ex-colegas do quarteto de humor, Ricardo Araújo Pereira e Zé Diogo Quintela, que desvendaram já ter tido conhecimento da situação espinhosa em que se viu envolvido o amigo.
"Estava lá antes, pedi um rosbife e deram-me aquela espécie de pager que começa a abanar e acender quando a comida está pronta. Estava à espera da comida, tinha ido buscar um copo de vinho tinto, quando se ouvem tiros, ou sons que parecem tiros", relata.
Aqui, eclode um ambiente de caos e inquietação pela ameaça cuja natureza se desconhecia, e Miguel Góis descreve o cenário, com humor: "De repente, como aquilo era basicamente estrangeiros, começam aos gritos e a fugir todos numa debandada na minha direção. Eu sou português, ouço som de tiros e não acho que são tiros, acho que são motos ou tudo menos tiros. Comecei a gritar a dizer: 'É Portugal, não temos este tipo de tiros aqui, vamos voltar a comer e beber'."
O humorista continua: "Repara: se ficasse lá, foi assim que morreu o Mufasa [de 'Rei Leão']. Não quero falecer como o pai do Simba. Por isso, como é óbvio que comecei a correr." Questionado por Ricardo Araújo Pereira se se havia reunido com os seus amigos para coletivizar a fuga, respondeu: "Foi cada um por si. Comecei a correr, por acaso estava logo próximo de um sítio que permite a saída por um outro corredor. Virei e comecei a correr por esse corredor para a saída, a afastar-me supostamente dos tiros."
Perante este estado de coisas, um novo episódio agudizou o estado de alerta entre os presentes: "Quando entro nesse corredor para a saída, volta-se a ouvir tiros. E uma senhora à minha frente cai. Logo, todos nós julgámos que tínhamos um atirador atrás de nós. Durante uns segundos, achámos: ‘Bom, e foi isto’. [Contudo], a senhora caiu só porque tropeçou."
"Uma senhora à minha frente cai. Logo, todos nós julgámos que tínhamos um atirador atrás de nós"
Findado o relato, Miguel Góis deixou um apontamento de humor: "Agora, quando pensei que ia falecer, adivinhem no que é que pensei? No rosbife, porque tinha pagado o rosbife e estava a fugir dele. Não cheguei a comê-lo. E ninguém fala disso! Nas notícias ninguém fala de ter sido espoliado do rosbife. (...) O que é muito giro também? Estava a correr há bastante tempo e pensei: 'Não sei se devia estar a correr com um copo de vinho tinto e um pager na mão.' Foi com alguma relutância que larguei o meu copo de vinho tinto."
Por fim, Ricardo Araújo Pereira interveio para fazer uma revelação. "Sempre tive curiosidade de saber como reagiria num tiroteio. Às vezes vou ver o vídeo do 23 de fevereiro de 1981 no parlamento espanhol quando há o golpe de estado falhado e eles desatam aos tiros no parlamento. E os deputados todos ao mesmo tempo, menos Santiago Carrillo [deputado do PCE], puseram-se debaixo da mesa. Não pensaste em ser o John McClane?", questionou fazendo referência ao protagonista do filme 'Assalto ao Arranha-Céus', numa indagação que foi prontamente respondida de forma negativa por Miguel Góis.
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