casados à primeira vista Ameaçada de morte e agredida! Liliana, de Casados à Primeira Vista, relata pânico
Liliana Oliveira, concorrente da segunda temporada do 'Casados à Primeira Vista', da SIC, relatou os tempos de pânico que atravessou por causa de uma utente do centro de saúde onde trabalhava como assistente técnica, com ameaças e agressões pelo meio.
"Criou uma página de Facebook a anunciar a minha morte e enviou-me um vídeo a manusear uma faca a dizer que me ia matar. Criou duas contas de Instagram onde dizia tudo. Mandou-me fotografias de mais de 20 facas. E esta senhora trabalha com crianças", começou por dizer no 'Dois às 10', da TVI. "Fui agredida em abril de 2023, 15 dias depois recebi a primeira ameaça de morte no Instagram, depois voltei a receber mais ameaças. Junho, recebi mais ameaças. Em setembro, foi a página do Facebook", acrescentou Liliana.
A ex-mulher de Pedro Pé-Curto diz ainda: "Sempre que fiz as denúncias o que me foi dito é que eu tinha de mudar de residência, de local de trabalho, não andar sozinha na rua, se a visse para ligar à polícia, que se houvesse efetivos disponíveis irem ao local, mas o tempo que eu demoro para ligar à polícia é o tempo para acontecer alguma coisa.
Depois, protestou: "Aquilo que me choca nisto tudo é que com tantas ameaças e evidências ninguém fez nada neste tempo todo. Fiz queixa na Polícia Judiciária, fiz queixa no gabinete jurídico da instituição para onde trabalho e nada foi feito até à data de hoje (…). Em dois anos, devia ter sido aplicada uma medida de coação e nunca foi aplicada."
O medo cresceu quando Liliana percebeu que esta pessoa que alegadamente a persegue era auxiliar na escola frequentada pela sua filha mais nova: "Em setembro de 2023, ficámos as duas frente a frente. A minha preocupação, porque eu percebi que ela me reconheceu, não foi comigo, foi com a minha filha. Tive de alertar a escola, explicar a situação e tive de mudar a minha filha de escola."
"Aquilo que me choca nisto tudo é que com tantas ameaças e evidências ninguém fez nada neste tempo todo"
Ainda assim, continuou a ser prejudicada: "Tive de mudar de local de trabalho, porque esta utente é sem médico de família e o único sítio onde lhe pode ser prestado o serviço é ali. O conhecimento que tenho dos relatórios que me chegaram pelo tribunal é que foi feita uma avaliação médica no IML, e não tem qualquer problema psiquiátrico. Fez um acompanhamento em consultas que abandonou por iniciativa dela e deixou de fazer medicação por iniciativa dela."
Liliana providencia ainda relatos que traduzem o impacto psicológico destes acontecimentos: "Ela dizia-me 'tenho um papel passado pelo médico que diz que posso fazer o que quiser e não me acontece nada'. O que me choca é: com tantas provas, e sendo um crime público, porque é que em dois anos não houve medidas aplicadas, não houve um desenrolar. (...) A instituição disse-me que tinha de sair do trabalho: estive de acidente de serviço, psicologicamente estou a ser acompanhada, faço medicação para conseguir estar mais estável emocionalmente, não é fácil lidar com isso. (...) O canivete ficou aqui [aponta para o pescoço], ninguém me diz que não aconteceu. É grave! As imagens vêm-me muitas vezes e com o aproximar do julgamento e dar de caras com ela... constantemente."
Por fim, assinalou a atitude da instituição: "Quando regresso à instituição, o que me foi dito é que a minha cara aparecia vezes demais na teleivsão, tinha de mudar de serviço e que a equipa já não me queria ali, porque tinha denunciado."