Desta vez foi Inês Gama quem descobriu um dos segredos da casa. O segredo de Ana Cristina - Fiz doações de óvulos por dinheiro - foi desvendo e a concorrente de Vila Nova de Gaia explico por que o fez. "Isto vem na altura em que eu quero abrir o meu negócio. Fechei o negócio do espaço que eu tinha, que eu queria muito concretizar este desejo de ter um espaço meu, e tinha 23 euros na minha conta, estávamos em plena pandemia", começou por explicar. 

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Ana Cristina diz que já se ficado com o espaço e, sem dinheiro, não tinha como voltar atrás. "E foi nessa altura que eu já tinha apertado a mão, já tinha dito que ficava no espaço, não tinha dinheiro e tinha de me desenrascar por algum lado, tinha que fazer dinheiro para começar efetivamente a pôr aquilo a andar. E por acaso, vi um filme de ficção científica em que uma rapariga vendeu os seus óvulos. Fui pesquisar e efetivamente sim, vender os óculos dá dinheiro. Havia uma clínica muito próxima de mim que fazia este processo, dá algo como 900 euros por uma doação. Portanto, não foi um ato de puro altruísmo, foi mesmo porque precisava do dinheiro."

No entanto, o processo não foi fácil. "É um processo difícil, o processo antes da doação, temos de andar dias e dias a tomar injeções, é muito desconforto. Depois é feita uma pequena cirurgia (...) e o pós também não é fácil. Pronto, correu tudo muito bem da primeira vez, eu precisava de mais dinheiro, fiz a segunda, fiz a terceira, supostamente podemos fazer três numa vida e eu ainda fui fazer a quarta vez."

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Porém, a última vez que fez uma doação já foi a pedido da clínica com quem tinha feito as intervenções anteriores. "Já não precisava de dinheiro, foi a clínica que já entrou em contato comigo a dizer que tinha corrido tudo sempre muito bem, que tinha outra família interessada, se eu poderia doar mais uma vez, já estava cansada e não precisava. Sim, foi a quarta vez ainda. Como eu tinha uma reserva ovárica ainda muito grande e como tinha corrido sempre tudo muito bem, decidi fazer uma quarta vez. Já não foi pelo dinheiro, porque tinha a empresa montada, mas foi pelo ato em si."