Leomarte Freire, de 25 anos de idade, pode afigurar-se como uma nova cara para os portugueses, mas é um nome já amplamente conhecido em Angola, pelos vários projetos públicos que integra, nomeadamente na televisão. O concorrente da ‘Casa dos Segredos’ tem ainda um histórico com a família de José Eduardo dos Santos. Leomarte era um dos melhores amigos de Tchizé dos Santos, filha do ex-presidente de Angola.

“A relação com a Tchizé surge da gala 'Angola 35Graus', chamaram-me para o transmitir e a Tchizé adorou. Fiz a transmissão e a passadeira vermelha. Ficámos em interação, comecei a fazer coisas com o restaurante TEN. Vou fazendo essas coisas e criámos uma relação de amizade muito boa e dessa relação surgiu a necessidade de criar um projeto durante a pandemia”, disse, no ‘Fly Podcast’.

“Para muitos sempre diriam que eu sou um grande bajulador, um lambe-botas, mas não sabem que existem pessoas de verdade, existem afetos, existem competências, e a Tchizé representa para mim uma mãe acima de tudo. (…) [Ela] representa um ícone materno e ao mesmo tempo uma guerreira, profissional, trabalhadora e que acredita nos seus ideais”, contou também, ao programa ‘ShowBiz Talk’.

Tinha igualmente uma boa relação com Isabel dos Santos, como ficou comprovado numa fotografia, em janeiro de 2023, em que a empresária mostrava um ramo de flores. “Obrigada, amor, pelas lindas flores”, escrevera, revelando depois que foi Leomarte quem as ofereceu, posando ao seu lado noutro registo: "Um verdadeiro gentleman.”

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No entanto, estas amizades chegaram ao fim de forma abrupta, nesse mesmo ano, após o desentendimento de Leo com Tchizé, que até lhe valeu acusações graves de um roubo no valor de 300 mil euros e um bate-boca público com a descendente do antigo líder angolano. “Deixou-me endividada e mal vista com vários credores e deixou a minha conta em quanzas com o saldo negativo a menos 36 mil quanzas e até ao assistente dele, um tal Higino, permitiu roubar a minha conta! ?Isso tudo está provado, depois começou a fazer chantagens a achar que eu tenho medo dele”, terá relatado, citada por um site angolano.

O apresentador respondeu, rejeitando todas as alegações de que estava a ser alvo: “Todas as acusações são falsas e, aliás, não me darei ao trabalho de responder. Quem se sente lesado recorre à justiça e é lá que toda a verdade desses anos virá à tona. Enquanto isso, podem contar com o meu silêncio sobre as acusações e outros temas relacionados à senhora... aprendi que com porco na lama não se luta, porque tu é que sais sujo, ele já está no seu habitat normal' (…) Se ela não me processa, processo eu por calúnias, injúrias e difamações.” Já a comunicadora retaliou, nas redes sociais: “Todos os que conhecem ambos terão de escolher um lado. A pocilga da ‘porca’ com quem ele não luta não é para todos. Só para amigos do bem, da natureza e dos animais.” Com este desaguisado, também Isabel dos Santos se distanciou de Leomarte, tendo os sites angolanos identificado que esta o tinha deixado de seguir nas redes sociais e bloqueado da sua lista de contactos, quando o conflito eclodiu pela primeira vez.

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Finalmente, já neste ano voltou a falar sobre o assunto, no podcast ‘Batata Quente’, de Miro Vemba, ex-concorrente de ‘O Triângulo’, da TVI, explicando o que o melindra neste caso: “Quem é roubado faz o quê? A Internet é tribunal? Quem é roubado vai à polícia. (…) Já fui acusado de testa-de-ferro por causa da proximidade com a pessoa que foi minha amiga. Fui acusado de lavagem de dinheiro, branqueamento de capitais, já ouvi de tudo um pouco. Entretanto, quando vejo hoje em dia pessoas a dizerem-me que roubei 300 mil euros, ainda estou À espera. (…) Não me doem essas acusações, mas o que me custa no meio disto tudo é que as pessoas que me estão a ver pela primeira vez vão ao Google e procuram pelo meu nome e os mini portais de notícias noticiaram coisas que não são plausíveis e não têm provas, isso só manchou o meu nome.”

“São coisas que eu estava preparado para ouvir, são coisas que eu sabia que nalgum momento havia de acontecer, coisas para tentar ser manchado e que eu sabia que ou sobrevives, ou morres. Teria medo se tivesse feito alguma coisa, mas não fiz. Vivo em liberdade, passaportes na mão, sem restrições de viagens e sem problemas ou notificações policiais. Esse problema todo são coisas que eu sabia que me tinha de preparar para a guerra que, sabia que não ia ser de armas, ia ser solitária”, concluiu.